Situação de emergência nas queimadas “do amor” no Pantanal
Dados do Inpe registram 2.060 focos de incêndio apenas no estado do Mato Grosso do Sul
O governo de Mato Grosso do Sul declarou nesta segunda-feira, 24, situação de emergência nas cidades afetadas por incêndios no Pantanal, sejam em parques, áreas de proteção e preservação nacionais, estaduais ou municipais. Publicado no Diário Oficial do Estado, o decreto tem validade de 180 dias.
Com a medida, o governador Eduardo Riedel autorizou a mobilização de todos os órgãos estaduais para atuarem sob a coordenação da Defesa Civil do Estado, em ações de “resposta ao desastre, reabilitação do cenário e reconstrução”.
Foi autorizado também a convocação de voluntários para “a realização de campanhas de arrecadação de recursos perante a comunidade, com o objetivo de facilitar as ações de assistência” à população afetada pelas chamas.
Segundo o decreto, ficam dispensadas as realizações de licitação nos casos de emergência ou calamidade pública, quando caracterizada a urgência para não comprometer a continuidade dos trabalhos públicos, em relação a obras, aquisição de equipamentos e serviços.
As queimadas no Pantanal
Dados disponibilizados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que o Pantanal precisou de menos de 15 dias para registrar o maior número de focos de incêndio para o mês de junho desde 1998, o início da série histórica.
Apenas entre 1° e 14 de junho, foram 733 focos de incêndio registrados em todo o bioma. Dez dias depois, a plataforma BDQueimadas, alimentada com informações de satélites do instituto, contabiliza 2.363 focos no Pantanal, a maioria no Mato Grosso do Sul (2.060 ou 87,2%).
O problema não era o Bolsonaro?
Até 2022, o PT, do presidente Lula, e os demais partidos da esquerda atribuíam a responsabilidade pelas queimadas no Pantanal ao governo Bolsonaro.
No governo “do amor”, no entanto, pouco se fala sobre a negligência do governo federal e do Ministério do Meio Ambiente, de Marina Silva, e os especialistas ouvidos pela imprensa amiga atribuem a causa das queimadas à seca anual da região.
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