Simone Tebet: legalização dos jogos no Brasil atenderia a grupos muito específicos
No fim de 2018, a senadora Simone Tebet (MDB), hoje presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, liderou a reação no Parlamento que acabou derrotando o projeto de Ciro Nogueira, presidente do PP, para legalizar os jogos de azar no Brasil...
No fim de 2018, a senadora Simone Tebet (MDB), hoje presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, liderou a reação no Parlamento que acabou derrotando o projeto de Ciro Nogueira, presidente do PP, para legalizar os jogos de azar no Brasil.
Com a volta do tema à pauta nacional, depois que Flávio Bolsonaro, em viagem paga pelo Senado, foi a Las Vegas se reunir com o magnata dos cassinos Sheldon Adelson, Simone reafirmou seu posicionamento contrário aos jogos.
Em entrevista a O Antagonista, ela disse que “a sociedade brasileira não tem educação, não tem emocional, não tem preparo para isso”.
“Sou radicalmente contra.”
Para Simone, a proposta de legalizar cassinos, bingos e afins parece ser “um projeto muito bem direcionado”, voltado a grandes grupos internacionais com lobby pesado no Brasil.
“Essa história também de que vai gerar muitos empregos… Não é verdade. As propostas que estão sendo desenhadas no Congresso são para atender a grupos muito específicos. Caberiam os jogos apenas em lugares muito específicos, para atender um nicho muito específico. Não é verdade que isso beneficiaria todo o Brasil.”
A senadora também chamou a atenção para problemas sociais que podem surgir com a legalização dos jogos.
“Já recebi inúmeros e-mails de pessoas pedindo pelo amor de Deus para não legalizar os jogos. São pessoas que fazem tratamento até hoje, que perderam tudo. Sou contra, porque os jogos podem ser fonte de corrupção, incentivam outros crimes no entorno, mas também há um problema de saúde pública. O governo estaria preparado para lidar com isso?”
Assista ao nosso vídeo sobre o tema:
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