Silveira demorou o dobro do tempo para ir a hospital, diz PF
Polícia Federal (PF) usou o Google para calcular tempo de deslocamento, em relatório entregue ao STF
A Polícia Federal (PF) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um relatório no qual afirma que o ex-deputado Daniel Silveira demorou o dobro do tempo previsto para chegar a um hospital, em dezembro do ano passado.
“Das informações obtidas, é possível concluir que, Daniel Lúcio da Silveira gastou cerca de 1 hora e 30 minutos [de 21:32:29h a 22:59:00h] para fazer o deslocamento ao hospital, de cerca de 25km, o qual, de acordo com o GOOGLE demanda, em média, 43 minutos; já o deslocamento de retorno durou cerca de 54 minutos [de 00:37:11h a 01:31:47h]“, diz trecho do documento.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que a defesa de Silveira e a Procuradoria-Geral da República se manifestem sobre o tema.
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“Mais de 10 horas”
Em dezembro do ano passado, o ministro utilizou um relatório de Geolocalização, encaminhado pela Seap, no qual indicaria que o ex-deputado teria ficado “mais de 10 horas fora de sua residência”:
“O sentenciado [Silveira], de maneira inexplicável, manteve-se por mais de 10 (dez) horas fora de sua residência, de onde não poderia – por expressa determinação legal – ausentar-se em momento algum“, diz Moraes em um trecho.
“Urinando sangue”
O advogado de Daniel Silveira, Paulo Faria, alegou que o ex-deputado precisou ser atendido em um hospital de Petrópolis, pois estava “urinando sangue“:
“Quando ele me ligou, no sábado (21), com muita dor, eu o orientei a procurar um médico imediatamente. Pedi que levasse todos os documentos, que foram inclusive informados à SEAP [Secretaria de Administração Penitenciária] ainda na manhã de domingo, 22“, disse o advogado.
Faria pediu a Moraes pediu para que o ministro revisse a decisão que reconduziu o ex-parlamentar à prisão quatro dias após soltura.
A defesa afirmou ainda que Silveira precisou de um novo atendimento médico na noite de Natal.
‘Fomos informados que ele chegou entre 14/15h na cela. Ainda, que uma ultrassonografia foi requerida para avaliar os cálculos“, disse Faria.
Moraes, contudo, negou o pedido.
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