A conhecida marca de roupas e calçados SideWalk, recentemente, entrou com pedido de recuperação judicial na 3ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Tribunal de Justiça de São Paulo. Este pedido oficializa uma situação preocupante para a empresa, cuja dívida atinge a marca de R$ 25,5 milhões.

No último mês, a companhia alegou que alguns fatores contribuíram significativamente para a crise financeira. Segundo a declaração, a pandemia de Covid-19 e os altos custos de aluguel em shoppings foram elementos fundamentais que levaram à queda nas vendas.

Impactos da Pandemia e Mudanças Climáticas

A pandemia de Covid-19 foi um marco difícil para muitos negócios, e a SideWalk não foi uma exceção. As vendas diminuíram drasticamente, um reflexo das medidas restritivas e do menor fluxo de consumidores nas lojas físicas. No entanto, um fator adicional prejudicou a empresa: as mudanças climáticas. Com a maior parte de suas roupas e calçados voltados para o inverno, a SideWalk viu suas vendas caírem 15% nos últimos 12 meses devido a temperaturas mais amenas.

Como o Aumento das Compras Online Afetou a SideWalk?

Outro aspecto crítico que afetou a saúde financeira da SideWalk foi o aumento das compras online. Com um mercado cada vez mais digitalizado, muitos consumidores optaram por marketplaces e outros sites de e-commerce para suas compras, reduzindo o fluxo de vendas nas lojas físicas da SideWalk. Esta transformação no comportamento do consumidor agravou ainda mais a crise da empresa.

História e Fundadores da SideWalk

A SideWalk foi fundada em 1982 por Luis Gelpi, Eduardo Rizk e Tinho Azambuja, que se propuseram a criar um estilo de moda inédito voltado ao público jovem. A primeira loja da marca foi inaugurada na Rua Melo Alves, nos Jardins, em São Paulo. Em pouco tempo, os calçados da SideWalk, embalados em saquinhos de tecido, conquistaram o público, seguidos pelas camisas polo, que se tornaram um sucesso de vendas.

O Futuro da SideWalk

Atualmente, a SideWalk possui 42 lojas em todo o Brasil, incluindo 17 em São Paulo e 3 outlets. Embora o pedido de recuperação judicial afete algumas dessas lojas, as franquias não estão inclusas no pedido e continuam operando normalmente. No momento, a empresa solicitou à Justiça a proteção antecipada contra credores e a manutenção de serviços essenciais como internet, energia elétrica, água e telefone, até que o juiz Adler Batista Oliveira Nobre analise o pedido.

Com essa trajetória de sucesso e desafios, resta saber como a SideWalk vai se reinventar para sobreviver a essa fase complicada, buscando novas estratégias para voltar ao topo do mercado de moda e calçados.