Shellenberger defende CPI para investigar ‘extremista’ Moraes
“É hora de o Congresso brasileiro agir contra o extremismo antidemocrático de Alexandre de Moraes", diz o jornalista americano
O jornalista americano Michael Shellenberger (foto), responsável pela divulgação dos Twitter Files, defendeu a abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) sobre o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Em vídeo publicado nas redes sociais no sábado, 19, Shellenberger chamou o magistrado de “autoritário brutal”.
“Alexandre de Moraes instrumentalizou a Polícia Federal, inclusive contra mim, por eu ter publicado os arquivos do Twitter no Brasil”, disse o jornalista americano.
Shellenberger afirmou ainda que a PF enviou dois relatórios sobre ele a Moraes que “constituem uma gigantesca teoria da conspiração, sugerindo ligações e relacionamentos que simplesmente não existem”.
Um dos relatórios enviado ao ministro do STF cita reportagens publicadas pelo jornalista e as interações dele com Elon Musk, dono do X.
O jornalista defendeu que os parlamentares brasileiros abram uma CPI para investigar “os abusos de autoridade do Poder Judiciário” e averiguar como as plataformas “foram obrigadas a se submeter ou a colaborar com o regime, mesmo violando as leis brasileiras e a própria Constituição Federal”.
“É hora de o Congresso brasileiro agir contra o extremismo antidemocrático de Alexandre de Moraes. E deve fazê-lo antes que o extremista Alexandre de Moraes comece a prender mais inimigos políticos, acabe com o X e, portanto, cerceie a liberdade de expressão no Brasil.”
O autor do Twitter Files também negou que Elon Musk tenha arquitetado a publicação da série de reportagens sobre a censura promovida pelo Judiciário brasileiro.
“Musk não sabia que eu iria publicar o Twitter Files Brasil. Nem os políticos brasileiros que reagiram à publicação. E muitos dos políticos e jornalistas que Alexandre de Moraes demoniza como ‘extremistas’ são defensores dos direitos e garantias individuais, como a liberdade de expressão e o princípio da legalidade, incluindo o direito de criticar Alexandre de Moraes”, escreveu no X.
Leia também a reportagem de Crusoé “Os arquivos da discórdia”, assinada por Duda Teixeira, que explica por que as informações reveladas em mensagens dos advogados do Twitter não podem ser ignoradas em meio ao embate e provocações entre Elon Musk, Alexandre de Moraes e governo Lula.
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