Servidores não terão reajuste este ano, avisa Esther Dweck
Governo enfrenta pressão por reajuste salarial dos servidores federais e ameaças de greve que tem preocupado da ala política à econômica.
A ministra da Gestão, Esther Dweck, afirmou que não há margem para novo reajuste de servidores no ano de 2023. De acordo com ela, o aumento linear de 9% autorizado já está causando um “grande impacto no orçamento de 2024.
“O que a gente tem pactuado inicialmente dentro do governo, que gente garantiria para todo mundo 9% [em 2023], mais 4,5% [em 2025] e 4,5% [em 2026]. Ao todo, 19% acima da inflação do período, ninguém teria perda ao longo do governo do presidente Lula. Mas não teríamos facilidade de recuperar perdas de governo anterior por falta de qualquer reajuste de servidores naquele momento”, disse durante participação no programa Bom dia Ministro, desta quinta-feira, 11.
Na quarta-feira, 10, ela esteve reunida com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Após o encontro, Haddad também afirmou que não haveria possibilidade de reajuste neste ano e comentou que o Ministério da Gestão tem apresentado números e propostas.
O governo enfrenta pressão por reajuste salarial dos servidores federais e ameaças de greve que tem preocupado da ala política à econômica. Na quarta aconteceu a Mesa de Negociação entre governo federal e servidores, mas a reunião foi encerrada em acordo. Representantes do governo propuseram reajuste em auxílios alimentação, creche e saúde, mas teriam condicionado a negociação salarial e de benefícios à não realização de greve.
Algumas categorias pedem recomposição de até 30%. No caso de professores e técnicos federais, a cobrança é por 22,7%. Esta semana, professores da Unb já aprovaram greve que deve começar em 15 de abril.
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