Servidores do IBGE questionam presidente do órgão por MP que dá acesso a celulares
Servidores do IBGE estão furiosos com Susana Guerra, indicada de Paulo Guedes para o comando do órgão. Assim como a OAB, eles questionam a medida provisória que dá acesso a dados pessoais de proprietários de celulares, sob a alegada tese de melhorar os esforços de combate à Covid-19...
Servidores do IBGE estão furiosos com Susana Guerra, indicada de Paulo Guedes para o comando do órgão.
Assim como a OAB, eles questionam a medida provisória que dá acesso a dados pessoais de proprietários de celulares, sob a alegada tese de melhorar os esforços de combate à Covid-19.
O sindicato da categoria alega que eles não foram informados previamente sobre a pesquisa e questionam a metodologia feita às pressas para monitorar o avanço da doença no país. Não há sequer questionário, o que levanta ainda mais suspeitas sobre a iniacitiva.
“Se os objetivos da pesquisa não estão claros para o corpo funcional de todo o IBGE, tendo em vista a forma atabalhoada em que está sendo feita, imaginem para a população e para os pesquisadores!?”, diz carta da ASSIBGE, sindicato dos servidores, enviada a Guerra na semana passada.
A tentativa de obter dados pessoais das pessoas, diz o sindicato, expôs o órgão à desconfiança –“uma completa inabilidade política, representou uma descredibilização do IBGE e uma repercussão absolutamente negativa para a instituição e junto aos nossos informantes”.
No mês passado, Jair Bolsonaro editou medida provisória obrigando as operadoras de telefonia a repassarem dados pessoais dos clientes ao IBGE, sem detalhar a finalidade.
A OAB conseguiu suspender o compartilhamento no Supremo, alegando risco de vazamento dos dados para outros órgãos do governo. Os ministros devem decidir amanhã se mantêm ou não a liminar de Rosa Weber que suspendeu a medida provisória.
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