Senadores querem lista completa de espionados por ‘Abin paralela’
Integrantes do Senado começaram a pressionar o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, a obter junto com a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) a lista de todos os parlamentares que foram espionados pelo órgão durante a gestão Alexandre Ramagem...
Integrantes do Senado começaram a pressionar o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, a obter junto com a Agência Brasileira de Inteligência a lista de todos os parlamentares que foram espionados pelo órgão durante a gestão Alexandre Ramagem.
Segundo parlamentares ouvidos por O Antagonista, a ideia é levar o caso para discussão em reunião no colégio de líderes já na retomada do recesso legislativo.
Segundo informações da Polícia Federal, estima-se que pelo menos 1,5 mil pessoas tenham sido bisbilhotadas pela “Abin paralela” entre integrantes do STF, do Senado, da Câmara, e Cortes Superiores. Governadores também foram vasculhados pelo sistema de contrainteligência instituído pelo deputado federal Alexandre Ramagem, conforme consta no relatório da Polícia Federal sobre o caso.
Como foi a operação sobre a ‘Abin paralela’?
Como mostramos, ontem a PF deflagrou a operação “Vigilância Aproximada”. Foram apreendidos equipamentos de Ramagem. Houve busca e apreensão no gabinete do ex-Abin na Câmara.
A PF tem uma série de linhas de investigação sobre o caso. Para a PF, a Abin, na gestão Ramagem, foi utilizada para municiar defesas de Jair Renan e de Flávio Bolsonaro em processos que ambos respondiam na Justiça e usada para criar dossiês vinculando Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes ao PCC. Além disso, a Abin, conforme a PF, teria sido utilizada para bisbilhotar integrantes do MP do Rio de Janeiro responsáveis pela investigação do caso Marielle Franco.
Ramagem, no entanto, negou qualquer ação neste sentido.
Os desdobramentos do caso
A operação deflagada ontem foi um desdobramento da operação Última Milha, realizada em 20 de outubro do ano passado.
“As provas obtidas a partir das diligências executadas pela Polícia Federal à época indicam que o grupo criminoso criou uma estrutura paralela na ABIN e utilizou ferramentas e serviços daquela agência de inteligência do Estado para ações ilícitas, produzindo informações para uso político e midiático, para a obtenção de proveitos pessoais e até mesmo para interferir em investigações da Polícia Federal”, informou a PF.
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