Sem plano para a vacina
“Trata-se de um arremedo de planejamento, elaborado às pressas, apenas para satisfazer à pressão da opinião pública”, diz o editorial de O Globo sobre a vacina bolsonarista contra a Covid-19...
“Trata-se de um arremedo de planejamento, elaborado às pressas, apenas para satisfazer à pressão da opinião pública”, diz o editorial de O Globo sobre a vacina bolsonarista contra a Covid-19.
“O endosso de epidemiologistas, que parecia lhe dar credibilidade, tornou-se constrangimento. No fim de semana, 31 deles divulgaram carta informando não terem chancelado a versão final que leva seus nomes.
O plano prevê 242 milhões de doses ao longo de 2021, distribuídas entre três fornecedores: AstraZeneca/Universidade de Oxford/Fiocruz; consórcio Covax (OMS); e Pfizer/BioNTech, opção que o Ministério da Saúde descartara pelas dificuldades logísticas. Nenhuma palavra sobre as 46 milhões de doses previstas da CoronaVac, produzida pelo Butantan em parceria com a chinesa Sinovac, em fase avançada de teste e produção (…).
O plano não prevê o óbvio, como compra de seringas, agulhas, termômetros, caixas de transporte ou algodão, que já deveriam ter sido licitados pelo menos desde julho (…).
Não estão descritos os detalhes da rede de distribuição a frio, nem os investimentos necessários para isso, em particular para a vacina da Pfizer (que precisa ser conservada a -70° C). Diversos trechos do documento foram copiados do plano de vacinação contra a gripe, sem que tivesse sido feito um levantamento da capacidade atual de distribuição e aplicação das vacinas.”
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