Sem identidade, MDB provoca fissuras internas
A especial falta de identidade do MDB no governo Bolsonaro tem provocado fissuras internas. O partido, que tem dois líderes do governo -- Fernando Bezerra Coelho, no Senado, e Eduardo Gomes, no Congresso --, não consegue se decidir se continua tentando se vender como independente ou se assume de vez como governista...
A especial falta de identidade do MDB no governo Bolsonaro tem provocado fissuras internas.
O partido, que tem dois líderes do governo — Fernando Bezerra Coelho, no Senado, e Eduardo Gomes, no Congresso –, não consegue se decidir se continua tentando se vender como independente ou se assume de vez a faceta governista.
O rumo que a sigla tomar nas eleições na Câmara e no Senado poderá intensificar ou amenizar essas fissuras.
Na Câmara, o presidente nacional da legenda, deputado Baleia Rossi, tenta se cacifar como o candidato do grupo de Rodrigo Maia, que prega “a continuidade de uma Câmara independente” e “uma Câmara que não seja puxadinho do Planalto”. Tem lá um ou outro na bancada de 34 deputados que esbraveja por apoio a Arthur Lira, o nome de Jair Bolsonaro na disputa.
No Senado, onde a sigla é dona da maior bancada, os líderes governistas defendem que o partido caminhe de mãos dadas com o Palácio do Planalto, que apostava na reeleição de Davi Alcolumbre. Oficialmente, dizem que não abrem mão de indicar um candidato, mas, nos bastidores, demonstram topar negociar cargos, emendas e espaços para continuar no poder e no comando da Casa de outra forma.
Simone Tebet tem pretensão de se lançar candidata de novo, como já noticiamos, mas encontra a resistência de sempre por parte de caciques correligionários. Na amarração que poderia ser feita com o DEM, como também registramos, o partido poderia acabar se contentando com a CCJ nas mãos de Renan Calheiros e/ou com um ministério para algum dos líderes.
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