Seis anos após briga em plenário, o elogio de Gilmar Mendes a Barroso
Coube ao decano do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, dedicar um discurso na posse de Luis Roberto Barroso como presidente da Suprema Corte, nesta quinta-feira (28). Gilmar — que foi definido como "uma mistura do mal com atraso e pitadas de psicopatia" por Barroso em uma discussão pública em 2017...
Coube ao decano do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, dedicar um discurso na posse de Luis Roberto Barroso como presidente da Suprema Corte, nesta quinta-feira (28). Gilmar — que foi definido como “uma mistura do mal com atraso e pitadas de psicopatia” por Barroso em uma discussão pública em 2017 — é hoje o decano entre os ministros e tem as relações reatadas com o novo presidente.
“O destino não poderia ter sido mais generoso com a nossa República. A posse de vossa excelência na presidência desta Suprem Corte representa galardão que coroa uma carreira jurídica de excelência”, disse Gilmar, em seu discurso acompanhado por Lula, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Arthur Lira (PP-AL). Mais à frente, rasgou novo elogio: “Sinto-me autorizado a prever que serão benfazejos os anos futuros que aguardam este Supremo Tribunal Federal durante a gestão de vossa excelência.”
Apesar das pontes restabelecidas, Gilmar evitou elogios diretos a Barroso, e passou uma mensagem sobre a unidade do STF após as ameaças dos últimos anos. O decano da Suprema Corte não deixou de relembrar os atos de 8 de janeiro, que chamou de “terroristas” e como prova de resiliência da instituição. “A Constituição de 1988 também sabe se defender — seja de golpismos explícitos, seja de erosões autoritárias, como aquela sistematicamente conduzida em 2022 contra o sistema eleitoral brasileiro”, continuou.
Barroso —que chegou ao cargo em 2013, por indicação de Dilma Rousseff—assume o comando do Judiciário até 2025, após um ano de comando de Rosa Weber à frente da Suprema Corte. Com isso, o ministro Edson Fachin (que assumiu o cargo em 2015, também por indicação de Dilma Rousseff), foi empossado o vice-presidente da Corte. Ambos também serão presidente e vice-presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Relembre a treta entre os dois ministros em 2017:
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