Secretário acusado de assédio é exonerado dos Direitos Humanos
Cláudio Augusto Vieira da Silva é acusado de cometer 14 irregularidades previstas no código de diretrizes do governo para a prevenção de assédio
Duas semanas após a demissão de Silvio Almeida do Ministério dos Direitos Humanos, o governo Lula exonerou Cláudio Augusto Vieira da Silva (foto) da Secretaria da Criança e do Adolescente, vinculada à antiga pasta de Almeida, também por acusações de assédio moral.
A exoneração foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira, 19.
O ex-secretário é acusado de cometer 14 irregularidades do código de diretrizes do governo para a prevenção de assédio.
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Sob o comando de Silvio Almeira, o Ministério dos Direitos Humanos arquivou, em janeiro de 2024, uma primeira rodada de denúncias contra Vieira da Silva.
Após a demissão de Almeida e a chegada de novas acusações em 9 de setembro, a pasta, já sob o comando de Macaé Evaristo, reabriu as apurações internas.
“Macaé Evaristo defende que todas as denúncias sejam apuradas com rigor, garantindo o amplo direito de defesa e o sigilo, principalmente das vítimas”, disse o Ministério dos Direitos Humanos, em nota.
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A denúncia
Segundo a Folha de S.Paulo, a denúncia mais recente contra Vieira da Silva diz que ele cometeu 14 das 34 condutas de assédio moral apresentadas no Guia Lilás, que estabelece a diretriz do governo federal sobre prevenção a esse tipo de situação.
“O presente documento apresenta algumas situações identificadas como práticas de extrema gravidade que vêm ocorrendo de maneira sistematizada no âmbito da Secretaria Nacional da Criança e do Adolescente”, afirma o texto.
“O presente documento apresenta algumas situações identificadas como práticas de extrema gravidade que vêm ocorrendo de maneira sistematizada no âmbito da Secretaria Nacional da Criança e do Adolescente”, diz o texto.
Cláudio Augusto Vieira da Silva é acusado de fazer ameaças de demissão, impedir mulheres de se pronunciarem em reuniões e menosprezar a vida privada de servidores, atuando para segregar, constranger, desmerecer e exercer um controle excessivo contra quem ele assediava.
“Tais ações têm sido tratadas como ‘brincadeiras’ e ‘modo de gestão’. Neste sentido, é importante afirmar que não se tratam nem de brincadeiras e nem de estilo de gestão, mas sim de práticas de assédio moral no ambiente de trabalho”, diz a denúncia.
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