Seca no Rio Madeira paralisa Porto de Porto Velho
A seca no Rio Madeira atinge níveis recordes, paralisando as operações no Porto de Porto Velho e causando impactos econômicos
As atividades no porto marítimo de Porto Velho, em Rondônia, foram interrompidas nesta segunda-feira (23) devido à severa seca no Rio Madeira. O nível do rio atingiu o ponto mais baixo desde o início das medições em 1967.
A Sociedade de Portos e Hidrovias de Rondônia (SOPH), responsável pelo porto, relatou que a crise hídrica está tornando a navegação extremamente difícil. Diversas balsas encalharam devido à formação de bancos de areia e exposição de pedrais.
Consequências da Seca no Rio Madeira
O monitoramento registrou que o Rio Madeira atingiu a cota de 25 centímetros. Como resultado, os armadores e operadores portuários suspenderam temporariamente todas as operações no porto. A SOPH informou que a paralisação impacta a movimentação de granéis sólidos como milho, soja e fertilizantes, granéis líquidos como massa asfáltica e biocombustíveis, além de cargas gerais como alimentos, bebidas e veículos.
Ações da SOPH
“Estamos enfrentando um dos períodos mais críticos para a navegação no Rio Madeira, com um nível de água historicamente baixo. Assim que as condições do rio permitirem, o Porto retomará suas operações com prontidão”, declarou Fernando Parente, diretor-presidente da SOPH.
Em comunicado, a SOPH afirmou que está adotando medidas para mitigar os impactos da crise, oferecendo suporte técnico às embarcações em dificuldade e utilizando bombas para remoção de água em casos de encalhe. As atividades serão retomadas quando o nível do rio subir e a navegação for segura.
Estiagem e Impacto na Carga
Segundo a SOPH, a movimentação de cargas no Porto tende a diminuir durante a estiagem. “Em meses normais, o Porto de Porto Velho movimenta cerca de 200 mil toneladas de mercadorias, mas esse volume cai para 40% durante a seca. Para setembro, nossa expectativa era movimentar 100 mil toneladas, mas a crise hídrica inviabilizará essa meta”, informou o órgão.
Impactos Econômicos e Logísticos
- Perda de Receita: A diminuição na movimentação de cargas resulta em perda direta de receita para o porto e empresas que dependem dessa logística.
- Ruptura na Cadeia de Suprimentos: Sectores como a agricultura e o abastecimento de combustíveis são afetados pela paralisação.
- Custos Adicionais: Empresas podem precisar recorrer a transporte terrestre, incorrendo em custos mais elevados.
Expectativas para Retomada das Atividades
SOPH e operadores portuários estão monitorando constantemente o nível do Rio Madeira. Espera-se que as chuvas elevem o nível do rio, permitindo a retomada segura das atividades no porto de Porto Velho.
Essa situação destaca a necessidade de investimentos em infraestrutura de navegação e alternativas logísticas para mitigar os efeitos de futuras estiagens severas.
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