“Se não pedisse vista, Chiquinho Brazão poderia ser solto”
O deputado federal Gilson Marques defendeu no programa Meio-Dia em Brasília o seu pedido de vistas na CCJ da Câmara
Em entrevista ao programa Meio-Dia em Brasília, o deputado federal Gilson Marques (Novo-SC) afirmou que o deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) – suspeito de ter envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco – poderia ser solto caso ele não tivesse pedido vistas sobre o projeto de resolução relacionado à prisão do parlamentar.
Brazão está preso desde domingo por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF. A decisão de Moraes foi confirmada pela primeira turma do Supremo e ainda depende de referendo por parte dos integrantes da Câmara.
“Para quê beneficiar quem está preso em um julgamento acelerado? Eu não compreendo. Só pelo fato de ele ser deputado?”, questionou o parlamentar.
“A minha preocupação é, se eu não pedisse vista, a proposta poderia ser votada na CCJ e eventualmente solto na análise em plenário. A única coisa que poderia fazer para garantir a prisão de certeza é pedindo vista. Nós precisamos ter pressa para prender os bandidos, os corruptos e assassinos que estão soltos. Os que estão presos, temos que analisar todos os documentos, as circunstâncias. Afinal de contas, ele está preso”, justificou Marques.
“Muitos que estão comentando sobre o assunto, tanto da imprensa, quanto os deputados, não leram, nem superficialmente, o processo”, acrescentou.
Os parlamentares também alegaram na sessão da CCJ que não houve flagrante para que se caracterize a manutenção da prisão por decisão da Câmara, conforme determina a Constituição.
Com isso foi aberto o prazo de duas sessões plenárias da Câmara que a CCJ volte a analisar o parecer. A tendência é que o parecer volte a ser analisado apenas em 9 de abril.
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