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Saúde investiga casos de transmissão vertical da febre oropouche

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Redação O Antagonista
4 minutos de leitura 13.08.2024 17:05 comentários
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Saúde investiga casos de transmissão vertical da febre oropouche

Casos suspeitos de infecção transmitida de mãe para filho durante a gestação ou no parto estão sob análise em vários estados

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Saúde investiga casos de transmissão vertical da febre oropouche
Foto: Maria Luiza Felippe Bauer/Instituto Oswaldo Cruz

O Ministério da Saúde está investigando pelo menos oito casos suspeitos de transmissão vertical da febre oropouche, em que a infecção é transmitida da mãe para o bebê durante a gestação ou no momento do parto.

Esses casos foram identificados em diferentes regiões do Brasil, como Pernambuco, Bahia e Acre, e têm levantado preocupações devido às graves consequências observadas nos recém-nascidos.

De acordo com informações fornecidas pelo ministério, quatro dos bebês investigados nasceram com anomalias congênitas, incluindo microcefalia, enquanto os outros quatro acabaram falecendo pouco após o nascimento.

Este desenvolvimento alarmante está sendo tratado com seriedade pelas autoridades de saúde, que buscam esclarecer a ligação entre o vírus oropouche e as complicações observadas.

Investigações no Ceará

A Secretaria de Saúde do Ceará anunciou, nesta segunda-feira, 12, que está investigando um caso de óbito fetal que pode estar relacionado à febre oropouche. A Secretária de Saúde do estado, Tânia Coelho, revelou que o caso envolve uma gestante de 40 anos, residente no município de Baturité, que foi atendida na cidade vizinha de Capistrano.

Coelho ressaltou a gravidade da situação, explicando que a febre oropouche faz parte de um grupo de doenças infecciosas que são transmitidas aos humanos por animais, como o mosquito Culicoides paraensis, mais conhecido como maruim ou mosquito-pólvora.

Ela enfatizou a necessidade de implementação de um plano de ação para controlar a propagação do vírus e proteger a saúde pública.

Estamos lidando com um vírus que está nos surpreendendo. Ele desceu da Região Norte para o Nordeste, apresentando mutações que são resultado das mudanças ambientais provocadas pelo homem, como desmatamento e invasão de habitats naturais“, explicou a secretária.

Casos graves no Acre

Na última quinta-feira, 8, o Ministério da Saúde confirmou a ocorrência de um caso no Acre onde um recém-nascido morreu aos 47 dias de vida após apresentar várias anomalias congênitas associadas à transmissão vertical da febre oropouche.

A mãe, uma mulher de 33 anos, relatou ter apresentado sintomas como erupções cutâneas e febre durante o segundo mês de gestação. Exames laboratoriais realizados após o parto confirmaram a presença do vírus oropouche no organismo do bebê. A análise feita pelo Instituto Evandro Chagas, em Belém, detectou material genético do vírus em diferentes tecidos do recém-nascido, que também apresentou microcefalia e outras malformações congênitas.

Embora esses achados indiquem uma possível correlação entre o vírus e as anomalias, o ministério destacou que ainda são necessárias investigações adicionais para confirmar a relação direta entre a infecção e os defeitos congênitos. O caso está sendo acompanhado de perto pelo governo federal e pelas autoridades de saúde do Acre.

A febre oropouche

A febre oropouche é uma doença viral transmitida principalmente pelo mosquito Culicoides paraensis. A infecção pode causar febre, dor de cabeça intensa, mialgia e erupções cutâneas, sendo que em alguns casos pode levar a complicações graves.

As autoridades de saúde recomendam que a população tome medidas preventivas, como manter quintais limpos e livres de lixo orgânico, além de usar roupas protetoras em áreas com alta presença de insetos.

Segundo o Ministério da Saúde, até o dia 6 de agosto deste ano, foram notificados 7.497 casos de febre oropouche em 23 estados brasileiros. A maioria dos casos foi registrada nos estados do Amazonas e Rondônia. Além disso, duas mortes foram confirmadas na Bahia e um terceiro óbito está em investigação em Santa Catarina.

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