Saúde admite ao MPF que usou para Covid cloroquina da Fiocruz destinada a malária
Um documento do Ministério da Saúde enviado ao MPF em 4 de fevereiro aponta a distribuição de cloroquina produzida pela Fiocruz a pacientes com Covid-19, e não dentro do programa nacional de controle da malária, como originalmente previsto...
Um documento do Ministério da Saúde enviado ao MPF em 4 de fevereiro aponta a distribuição de cloroquina produzida pela Fiocruz a pacientes com Covid-19, e não dentro do programa nacional de controle da malária, como originalmente previsto, informa Vinicius Sassine na Folha.
O documento contradiz o próprio ministério, que disse à imprensa não ter concretizado a aquisição da cloroquina para distribuí-lo dentro da política de combate ao novo coronavírus.
“A aquisição desse medicamento foi planejada e instruída para atendimento ao programa de malária. Entretanto, com o advento da pandemia pelo novo coronavírus e dadas as orientações de uso pelo Ministério da Saúde, este medicamento passou a ser disponibilizado no SUS, em 27/03/2020, também para uso no contexto Covid-19”, diz o texto.
A pasta comandada por Eduardo Pazuello usou a Fiocruz para a produção de 4 milhões de comprimidos de cloroquina, com recursos emergenciais liberados a partir de uma MP editada por Jair Bolsonaro em 2 de abril.
O dinheiro serviu também para a produção do antiviral Tamiflu —que, assim como a cloroquina, não é eficaz para prevenção ou tratamento da Covid-19.
Nesta quinta (11), informa o jornal paulistano, deputados de PT, PSB e PSOL protocolaram uma representação na PGR para que seja investigado o uso da Fiocruz para produção de cloroquina.
A representação se soma a outra apresentada pelos mesmos parlamentares, na terça (9), para que a PGR investigue a participação de cinco ministros de Estado, uma estatal, dois conselhos da área econômica, Exército e Aeronáutica na difusão do medicamento.
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