São Paulo registra aumento no número de casos de coqueluche
O surto recente de coqueluche em São Paulo em 2024 destaca a importância da vacinação e estratégias de prevenção.
Conhecida também como tosse comprida, a coqueluche é uma infecção bacteriana causada pela Bordetella pertussis, que em 2024 tem apresentado um aumento expressivo de casos em São Paulo e por todo o Brasil. Este crescimento sublinha a importância de estratégias preventivas, com foco na vacinação.
No início de novembro de 2024, São Paulo registrou 495 casos de coqueluche, em contraste com apenas 14 casos no mesmo período do ano anterior. Diante destes números alarmantes, a Secretaria Municipal de Saúde emitiu um alerta para reforçar a vigilância dos sintomas e a necessidade de vacinação para controlar novos surtos.
Situação Atual da Coqueluche no Brasil
A nível nacional, o Brasil soma 2.953 casos de coqueluche em 2024, evocando preocupações semelhantes às dos anos 2014 e 2015, período de alta incidência da doença. A redução notável vista a partir de 2016 não se manteve, sugerindo que fatores como a baixa adesão à vacinação podem estar por trás desse aumento recente.
Uma possível causa para o aumento nos casos é a diminuição na cobertura vacinal, especialmente em grupos prioritários como crianças e profissionais de saúde. No Estado de São Paulo, apenas 86,1% das crianças menores de um ano foram vacinadas em 2024, um dado que, embora superior aos anos de 2021 e 2022, ainda está aquém do ideal.
Os Perigos e a Transmissão da Coqueluche
A coqueluche representa um risco sério para bebês, idosos e pessoas com imunidade comprometida, afetando o sistema respiratório e sendo transmitida por gotículas expelidas pela tosse ou espirro de indivíduos contaminados. O perigo está na elevada capacidade de transmissão, podendo originar até 17 novos casos a partir de uma única infecção inicial.
Caracterizada por crises de tosse seca, a coqueluche pode causar complicações severas, como pneumonia e problemas neurológicos. O tratamento com antibióticos ressalta a importância de um diagnóstico precoce e preciso para prevenir complicações graves.
O Papel da Vacinação no Controle da Coqueluche
A vacinação é a principal medida de prevenção contra a coqueluche. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece a vacina sem custo para crianças até seis anos, gestantes e profissionais de saúde que lidam com recém-nascidos. Contudo, a imunidade conferida pela vacina ou pela doença não é duradoura, evidenciando a necessidade de revacinação.
- A proteção conferida pela vacina contra a coqueluche dura cerca de oito anos.
- Adolescentes e adultos que mantêm contato frequente com bebês deveriam receber doses de reforço.
- Campanhas de vacinação devem destacar a gravidade da doença e as formas de acesso à imunização.
Fortalecer as campanhas de vacinação, com informações detalhadas sobre a seriedade da coqueluche e as opções de imunização disponíveis, é crucial para aumentar a adesão à vacina e, assim, reduzir os casos e a severidade dos surtos.
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