São Paulo pode ter aumento em casos de dengue por conta do El Niño
O fenômeno climático El Niño aumenta a proliferação do mosquito Aedes aegypti. Estudos revelam a relação entre o El Niño e a quantidade de larvas.
O fenômeno climático El Niño desempenha um papel importante na expansão do mosquito Aedes aegypti, conhecido por transmitir doenças como dengue, Zika e Chikungunya. Pesquisas realizadas entre 2008 e 2018 em municípios de São Paulo mostram que o aumento das temperaturas e o incremento das chuvas – efeitos típicos do El Niño – intensificam a presença deste vetor na região. Segundo a Agência Fapesp, há uma conexão direta entre as condições climáticas causadas pelo El Niño e o aumento das larvas do Aedes.
O estudo indica que em ambientes com temperaturas superiores a 23,3°C e precipitações acima de 153 milímetros, há um aumento de até 1,3 vezes nas larvas encontradas em recipientes descartados ao ar livre. Esse fenômeno é fruto do aquecimento das águas do Oceano Pacífico, que modifica a distribuição de calor e umidade globalmente, impactando especialmente regiões tropicais como o Brasil. O reconhecimento do impacto do El Niño auxilia na formulação de políticas públicas de saúde focadas na prevenção e controle do mosquito.
O El Niño e Seu Impacto no Clima Tropical
El Niño é identificado pelo aquecimento fora do comum das águas do Oceano Pacífico Equatorial, causando alterações climáticas significativas globalmente. Ele influencia diretamente áreas tropicais ao modificar padrões de umidade e calidez. No Brasil, sua presença está associada a tempestades intensas e aumento de temperatura, favorecendo um ambiente propício para o Aedes aegypti.
Estrategias para Combater o Aedes aegypti
Reconhecendo a relação entre o El Niño e o aumento das infestações de Aedes aegypti, especialistas propõem o aprimoramento das estratégias de controle do mosquito. Isso inclui a determinação de áreas de maior risco e o fortalecimento das medidas preventivas durante picos do fenômeno. O monitoramento contínuo das condições climáticas pode auxiliar no planejamento de ações de saúde pública, visando a diminuição dos casos de dengue e outras doenças associadas.
Vacinação Contra a Dengue em São Paulo
Além de medidas preventivas, a vacinação contra a dengue é fundamental no combate à doença. Em São Paulo, crianças e jovens de 9 a 14 anos são prioritários para vacinação, devido aos altos índices de hospitalização nessa faixa etária. O esquema vacinal consiste em duas doses, com um intervalo de três meses, e está disponível em 391 municípios paulistas.
A Importância da Imunização e Atenção Médica
Com mais de 6,5 milhões de casos de dengue no Brasil até novembro de 2023, sendo 2,1 milhões em São Paulo, vacinar-se é essencial para controlar o surto. Além disso, buscar atendimento médico rapidamente ao notar sintomas de dengue é crucial. Sintomas como febre alta, dores musculares intensas e cefaleia exigem atenção imediata, como reforça o infectologista Renato Grinbaum. Assim, a combinação entre imunização e atenção médica pode reduzir significativamente a prevalência e a gravidade dos casos.
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