Samu recebeu mais de 27 mil chamadas falsas no Rio de Janeiro
Trote no Samu: o impacto de chamadas falsas no serviço de emergência e na sociedade, e estratégias para reduzi-las. Um problema que afeta a todos.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) desempenha um papel crucial no sistema de saúde, oferecendo assistência rápida em situações de emergência. No entanto, um problema persistente afeta a eficiência desse serviço: os trotes. No Rio de Janeiro, entre março de 2024 e fevereiro de 2025, o Samu-RJ registrou mais de 27 mil chamadas falsas, o que representa uma preocupação significativa para as autoridades de saúde.
Os trotes não apenas consomem recursos valiosos, mas também colocam em risco a vida de pessoas que realmente necessitam de atendimento urgente. A Secretaria de Estado de Saúde (SES) do Rio de Janeiro revelou que essas chamadas falsas correspondem a 4% do total de 669 mil ligações recebidas no período mencionado. Apesar de uma redução de 32,7% nos trotes após uma campanha educativa, o problema ainda persiste.
Quem são os responsáveis pelos trotes?
Um dado alarmante é que a maioria dos trotes é realizada por crianças e adolescentes. Em fevereiro de 2025, das 1.670 chamadas falsas, 60,5% foram feitas por indivíduos com menos de 18 anos. As ligações incluem desde palavras obscenas até falsos pedidos de socorro, o que evidencia a necessidade de uma maior conscientização entre os jovens sobre a seriedade do serviço.
Qual é o impacto dos trotes no tempo dos atendentes?
Os trotes não apenas consomem recursos financeiros, mas também desperdiçam tempo valioso dos atendentes. A SES estima que os profissionais perdem cerca de 11 dias por ano lidando com chamadas falsas, considerando que cada trote dura, em média, 35 segundos. Esse tempo poderia ser utilizado para tomar decisões críticas que salvam vidas, destacando a importância de utilizar a central 192 apenas para emergências reais.
Como reduzir o número de trotes?
Para combater o problema dos trotes, a SES e o Samu-RJ têm implementado diversas estratégias. Treinamentos diários ajudam os atendentes a identificar chamadas falsas, evitando o acionamento desnecessário das equipes. Além disso, campanhas de conscientização são fundamentais para educar a população sobre o impacto negativo dos trotes. A coordenadora geral do Samu-RJ, Bárbara Alcantara, enfatiza a importância do apoio dos pais na sensibilização das crianças e adolescentes.
Em suma, os trotes representam um desafio contínuo para o Samu-RJ, exigindo esforços conjuntos de autoridades, profissionais de saúde e sociedade para garantir que os recursos do serviço sejam utilizados de forma eficaz e que vidas possam ser salvas sem interrupções desnecessárias.
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