Sai Valdemar entra Eduardo: PL pode mudar de comando
Deputado admitiu possibilidade de troca no comando do partido. Mas antecipou que buscará a 'benção' de Valdemar Costa Neto e Jair Bolsonaro
O Partido Liberal pode trocar o comando de sua Executiva Nacional, alternando a presidência de Valdemar Costa Neto com o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O parlamentar admitiu a possibilidade da troca em entrevista à CNN Brasil. Antes de definir o eventual futuro no comando do considerado maior partido de direita no Brasil, Eduardo antecipa que vai se reunir com Valdemar, chefe maior da sigla, e seu pai, Jair Bolsonaro, que é presidente de honra do partido.
“Irei conversar antes com Jair Bolsonaro e com Valdemar Costa Neto. Eu continuo seguindo meus princípios, sigo o meu pai, cumpro missão do Jair Bolsonaro e quero carta branca do partido para representar os valores dos conservadores do Brasil”, declarou.
O filho 03 de Bolsonaro explicou que há uma dificuldade na dinâmica atual do PL em virtude da decisão que proibiu o contato entre Valdemar e o ex-presidente da República. Membros da cúpula do partido avaliam que o veto do ministro Alexandre de Moraes ao contato entre os caciques do PL atrapalhou as estratégias em relação à reeleição.
“Existe essa proibição de Valdemar ter contato com Jair Bolsonaro. Isso atrapalha o partido”, avaliou.
Bastidor
Membros do PL confirmam que está em debate a transferência da presidência nacional da sigla a Eduardo. Se a mudança se concretizar, Valdemar será o vice-presidente. A ‘reconfiguração’ é considerada uma estratégia para enfraquecer o que os membros do partido consideram um exercício de ‘pressão’ do ministro Alexandre de Moraes sobre a legenda.
Queridinho do Valdemar
Eduardo se destacou em relação aos demais deputados do Partido Liberal ao promover o evento conservador denominado Conservative Political Action Conference, o CPAC, no mês de junho. A conferência recebeu o presidente argentino, Javier Milei, em Santa Catarina.
Durante o evento, Valdemar Costa Neto afirmou que o deputado fará ascensão ao Senado em 2026.
“Nós queremos vê-lo senador pelo Estado de São Paulo. Isso se o presidente Bolsonaro não tiver outro cargo para ele. […] Estou há quase 40 anos na política e nunca vi um trabalho como foi desenvolvido pelo Eduardo desde o dia que ele entrou na política. Nós queremos ele candidato a senador. Vai ser o senador mais votado do Brasil. Não tenho dúvida disso”.
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