Rússia tenta empurrar ataque em Moscou para o Ocidente
O diretor do Serviço Federal de Segurança da Rússia afirmou que os serviços especiais ucranianos estão diretamente relacionados ao ataque
O diretor da agência de segurança da Rússia, Alexander Bortnikov, alegou que a Ucrânia, juntamente com os Estados Unidos e o Reino Unido, estiveram envolvidos no ataque a uma casa de shows nos arredores de Moscou. O atentado deixou pelo menos 139 pessoas mortas.
Enquanto a Ucrânia nega repetidamente qualquer participação no ataque ocorrido, na sexta-feira, 22, considerando as acusações russas como mentirosas, o grupo extremista Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pelos disparos em massa.
O que disse o diretor?
Alexander Bortnikov, afirmou em uma entrevista televisiva: “Acreditamos que a ação foi preparada pelos próprios radicais islâmicos e facilitada pelos serviços especiais ocidentais“. Ele ainda acrescentou que os serviços especiais ucranianos estão diretamente relacionados ao ocorrido, afirmando que Kiev ajudou a treinar os radicais islâmicos em uma localização não identificada no Oriente Médio.
Quando questionado por repórteres russos se a Ucrânia e seus aliados, Estados Unidos e Grã-Bretanha, estavam envolvidos no ataque à casa de shows, Bortnikov respondeu: “Achamos que é esse o caso. Em qualquer caso, estamos agora falando sobre a textura que nós temos. Esta é uma informação geral“.
Rússia não tem provas concretas sobre a acusação
Bortnikov, de 72 anos e atuante como chefe do FSB desde 2008, afirmou que a Rússia ainda não identificou os responsáveis específicos pelo ataque mais mortal ocorrido no país nas últimas duas décadas, mas garantiu que medidas retaliatórias seriam tomadas.
Até o momento, Moscou não apresentou evidências concretas para embasar suas acusações, o que levanta questionamentos sobre uma possível escalada da guerra na Ucrânia e sobre a eficácia dos serviços de segurança russos na prevenção de ataques como este.
O ataque em Moscou
Na noite de sexta-feira, 22, na periferia oeste de Moscou, quatro homens camuflados invadiram um Renault branco, pouco antes do início de um show do Picnic, uma banda de rock formada durante a era soviética.
Pelo menos três dos homens carregavam rifles de assalto. Eles começaram a metralhar assim que saíram do veículo. O pessoal de segurança e os curiosos estacionados em frente à entrada principal foram as primeiras vítimas.
Os atacantes se moveram rapidamente, parecendo conhecer os locais. Eles agiram de modo calmo e diligentes no atentado sangrento, como profissionais. Dirigiram-se ao salão principal, atirando em grupos de espectadores no salão à queima-roupa.
Mais de 300 especialistas e 154 equipamentos foram mobilizados no local. Sistemas robóticos especializados, equipes caninas e psicólogos do Ministério Russo para Situações de Emergência se deslocaram para o local.
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