Ruivinha rendeu US$ 15 milhões em propinas, diz delator
A delação de Agosthilde Monaco é devastadora, pois traz detalhes de toda a negociação, encontros em hotéis e valores pagos, tudo acompanhado de extratos bancários com os depósitos da propina. A compra da refinaria de Pasadena, a ruivinha, rendeu aos executivos da Petrobras um total de US$ 15 milhões...
A delação de Agosthilde Monaco é devastadora, pois traz detalhes de toda a negociação, encontros em hotéis e valores pagos, tudo acompanhado de extratos bancários com os depósitos da propina. A compra da refinaria de Pasadena, a ruivinha, rendeu aos executivos da Petrobras um total de US$ 15 milhões…
Monaco conta que Nestor Cerveró deu “carta branca” a Luis Carlos Moreira, então gerente-executivo de Desenvolvimento e Negócios, para tocar a compra da ruivinha do Texas e o recebimento da propina. “A pactuação do recebimento de propina ocorreu poucos dias após a realização da primeira ‘due diligence'”, diz, referindo-se à visita técnica ocorrida entre 23 de maio e 17 de junho de 2005. Naquele momento, estourava no Brasil o mensalão.
Em 29 de junho, Luis Carlos Moreira e o engenheiro Carlos Roberto Barbosa foram a Los Angeles e se hospedaram no Howard Johnson Hotel (hoje Holliday Inn). Na primeira reunião, no dia 30, eles negociaram com Alberto Failhaber, da Astra, a propina que deveria ser paga aos funcionários da Petrobras.
Moreira sugeriu o valor de US$ 20 milhões, enquanto Failhaber se dispôs a pagar US$ 10 milhões. “Depois de quase meia hora de conversa ficou ajustado que os funcionários da Petrobras teriam direito a receber US$ 15 milhões”, diz o delator. Failhaber também prometeu a Barbosa 10% do bônus que receberia da Astra Oil por indicar o negócio.
Monaco revela que posteriormente soube que a empresa indicada por Luis Carlos Moreira para recebimento da propina era de Fernando Baiano. O delator conta que embolsou US$ 1,8 milhão do valor da propina.
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