Rubinho Nunes pede para que MP investigue Boulos por campanha antecipada
Denúncia aponta que, durante o Carnaval, foram distribuídos em blocos de rua vários leques que faziam alusão à candidatura do psolista
O vereador Rubinho Nunes (União-SP) apresentou representação ao Ministério Público Eleitoral pedindo investigação sobre supostos atos abusivos cometidos pela pré-campanha de Guilherme Boulos (PSOL-SP) à prefeitura de São Paulo.
O parlamentar também pede a suspensão imediata da divulgação de posts com materiais alusivos à campanha, que foram distribuídos durante o Carnaval de rua de São Paulo deste ano.
Como mostramos mais cedo em primeira-mão, o diretório municipal do MDB em São Paulo também ingressou com uma representação junto ao Ministério Público Eleitoral pedindo investigação contra a pré-candidatura de Guilherme Boulos (PSOL).
Rubinho Nunes argumenta que, durante o Carnaval, foram distribuídos em blocos de rua de São Paulo vários leques que faziam alusão à candidatura do psolista. No material, foram impressas expressões como “Fica, vai ter bolo” e “São Paulo mais gostoso com bolo” – ambas em referência ao pré-candidato.
Fica, vai ter Boulos?
O próprio Boulos, em diversas peças em redes sociais, faz esse trocadilho. O pré-candidato, inclusive, tem um podcast com o nome “Café com Boulos”. O material foi distribuído em pelo menos três blocos de Carnaval de rua de São Paulo. Essa, inclusive, foi a mesma argumentação utilizada pelo diretório municipal do MDB em sua representação contra o psolista.
“No caso da presente denúncia, o denunciado extrapolou os limites traçados pela legislação atinente à matéria, utilizando um flagrante caráter político-promocional em seu favor, ainda que de forma subliminar, comprometendo a isonomia que deve permear o processo eleitoral brasileiro”, diz Rubinho Nunes na representação.
“Não menos importante, o denunciado em questão valeu-se do fomento recebido pelos Blocos do Fuá e Bloco Explode Coração, fato este que é possível de ser comprovado pela relação dos blocos que receberam dinheiro público para a realização dos eventos”, acrescenta Nunes.
A argumentação dos advogados do MDB
Já o MDB, em sua representação, afirmou que “é necessária a instauração de investigação, portanto, para a identificação não apenas do responsável pela farta distribuição desse material – com o evidente conhecimento de Guilherme Boulos –, mas também para a identificação das gráficas que imprimiram o material, o seu custo, e a identificação do responsável pelo seu pagamento.”
“Também é necessária a instauração da investigação para a identificação da mão de obra utilizada na distribuição desse material, em diversos pontos da cidade, com a apuração dos responsáveis por sua mobilização organizada e criteriosamente distribuída nos locais estratégicos, incluindo os locais em que Guilherme Boulos calculadamente se fez presente para promover-se pessoalmente”, complementam os advogados do MDB.
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