RS registra 130 prisões em meio a enchentes
Do total, 48 foram por crimes patrimoniais, como roubos e furtos, e 49 pessoas foram detidas em abrigos
Desde o início da tragédia no Rio Grande do Sul, que deixou 155 mortos, as autoridades policiais prenderam 130 pessoas por crimes em meio às enchentes.
Desse total, 48 foram por crimes patrimoniais, como roubos e furtos de pessoas afetadas pelas inundações, segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP). Outras 49 pessoas foram detidas em abrigos, sendo pelo menos 13 por importunação sexual. Não há detalhes sobre as outras prisões.
O secretário Sandro Caron afirmou que nos primeiros dias as operações de resgate eram prioritárias para salvar vidas, mas a partir do quarto dia as demandas de salvamento diminuíram e os bombeiros assumiram essa responsabilidade.
As polícias foram então designadas para realizar patrulhas nos abrigos e nas ruas. Segundo Caron, a situação está sob controle desde o início e todas as forças policiais estão nas ruas.
Para o comandante-geral da Brigada Militar, coronel Claudio dos Santos Feoli, os saques representam “o pior momento na área da segurança pública”.
O coronel afirmou que o momento mais difícil foi registrado em Eldorado do Sul, na região metropolitana de Porto Alegre.
“Nós não tínhamos condições de colocar o policiamento lá. O que foi subtraído, naquele primeiro momento, está sendo recuperado e as pessoas estão sendo presas”, disse.
Patrulhamento por embarcações
O secretário Sandro Caron detalhou as medidas tomadas para evitar a expansão da criminalidade no estado. As ruas de Eldorado do Sul, Canoas e Porto Alegre, onde antes os carros oficiais circulavam, agora são patrulhadas por embarcações.
Além disso, mais 260 policiais civis aposentados foram chamados para reforçar o contingente, através do Programa Mais Efetivo. Nos abrigos com maior número de pessoas, os agentes permanecem o dia todo, enquanto nos abrigos com menor demanda são realizadas patrulhas em horários específicos.
Outra medida para auxiliar as vítimas foi a criação de um campo específico para o registro de crimes nas enchentes na plataforma digital da Polícia Civil. Isso visa fornecer um suporte específico para aqueles que foram afetados pela tragédia.
Segundo a SSP-RS, durante o período de 1 a 16 de maio de 2024, em comparação com o ano anterior, quando o estado não estava enfrentando as enchentes, houve uma redução significativa no número de crimes de roubo e homicídios dolosos, isso é meio que obvio, já que há um ano a cidade não estava debaixo d’água.
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