Rosângela Moro quer convocar ministra por gastos no ‘Janjapalooza’
O governo Lula pagará uma quantia "simbólica" de 30 mil reais a cada um dos 29 artistas confirmados no festival apadrinhado por Janja
A deputada federal Rosângela Moro (União-SP) apresentou pedido de convocação da ministra da Cultura, Margareth Menezes, para que a auxiliar petista explique os gastos exorbitantes do governo federal no festival Aliança Global Festival Contra Fome e a Pobreza, que acontece até sábado.
O evento tem sido apelidado de ‘Janjapalooza’, já que é apadrinhado pela primeira-dama Janja. Conforme nós registramos, o governo Lula pagará uma quantia “simbólica” de 30 mil reais a cada um dos 29 artistas confirmados no ‘Janjapalooza’.
“Apesar do Ministério da Cultura ter divulgado o evento como uma celebração da ‘diversidade da cultura brasileira, reunindo grandes nomes da música nacional para engajar a todos no compromisso do Brasil de liderar a Aliança Global em defesa de um mundo sem fome e pobreza, com transição energética, justiça climática e uma representação menos desigual’, em nenhum momento o Governo Federal (…) informou como a realização dos shows e o gasto de milhões de reais estimularão o combate à fome e à pobreza”, declara a parlamentar no pedido de convocação.
“É urgente que o Governo Federal, por meio da Ministra da Cultura, seja chamado a explicar a real finalidade dos recursos públicos direcionados para o evento e como essas ações impactam efetivamente o combate à fome e à pobreza”, acrescentou a parlamentar na solicitação.
Estatais patrocinam o Janjapalooza
Para bancar o evento, o Ministério da Cultura contará com o apoio das estatais Banco do Brasil, BNDES, Caixa Econômica Federal, Itaipu e Petrobras.
A prefeitura do Rio, da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia), do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e do Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) aparecem também entre os apoiadores do festival.
Em seu requerimento, o deputado Gilberto Silva afirma que “o desperdício de dinheiro público realizado pelo Ministério da cultura, em um momento de grave crise econômica, é um verdadeiro desrespeito aos cidadãos que arcam com a alta carga tributária do país”. Já o deputado Gustavo Gayer, declara que “a escolha de gastar quantias consideráveis em shows e performances artísticas, em vez de investir diretamente em projetos concretos de combate à fome e apoio às famílias vulneráveis, é motivo de debate”.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)