O ex-policial militar Ronnie Lessa, envolvido no caso que chocou o Brasil com o assassinato da vereadora Marielle Franco, solicitou através de sua defesa a transferência de presídio. Atualmente localizado na Penitenciária Dr. Tarcizo Leonce Pinheiro Cintra (P1), em Tremembé (SP), Lessa busca a realocação para a Penitenciária II “Dr. José Augusto Salgado” (P2).

A P1 é conhecida por abrigar criminosos de alta periculosidade e foi onde Lessa foi inicialmente encarcerado após sua transferência para o estado de São Paulo. Desde sua chegada, o ex-policial tem enfrentado um regime de isolamento severo sem acesso a atividades comuns disponíveis para outros detentos, como trabalho e educação, o que motivou o pedido de transferência.

Por que Ronnie Lessa deseja ser transferido para a P2?

A defesa de Ronnie Lessa defende que a P2, também situada em Tremembé e conhecida como “presídio dos famosos”, oferece um tratamento mais humano e possibilidades que dariam a Lessa melhor qualidade de vida durante o cumprimento de sua pena. Destaca-se que a P2 já abrigou diversos detentos conhecidos, tratando-os de maneira adequada, segundo a defesa.

Contexto da prisão de Ronnie Lessa

Após seis anos do ocorrido, foi a partir de uma delação premiada, concordada com a Polícia Federal, que Ronnie Lessa decidiu fornecer detalhes sobre o crime. Essa delação levou à sua transferência do Presídio Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, para São Paulo. Essa mudança foi facilitada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e visava aproximar Lessa de sua família, que reside no Rio de Janeiro.

Respostas e próximos passos no caso

Enquanto a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) de São Paulo ainda não emitiu resposta sobre a situação de Lessa, a tensão continua entre as partes envolidas. A expectativa é que esse pedido de transferência possa abrir discussões mais amplas sobre o tratamento e a reincorporação de detentos em situações similares.

Este episódio destaca não apenas o caso em si, mas também os desafios persistentes do sistema prisional brasileiro em tratar os detentos, mantendo a ordem e oferecendo condições para uma possível reintegração à sociedade.