“Rogamos que as investigações prossigam atinentes a fatos” diz ex-diretor da Abin
O deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), que comandou a Abin no governo Bolsonaro, comentou as investigações da Polícia Federal que tratam de programa espião usado pelo órgão...
O deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), que comandou a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo Jair Bolsonaro (PL), comentou nesta sexta-feira (20) as investigações da Polícia Federal que tratam de programa espião usado pelo órgão. Nas redes sociais, o parlamentar disse esperar que o inquérito prossiga “atinente a fatos” e sem se deixar levar por “falsas narrativas e especulações”.
Ramagem afirmou que o programa foi comprado antes do governo Bolsonaro, ainda na gestão Michel Temer (MDB). A aquisição ocorreu em 26 de dezembro, a cinco dias da posse de Bolsonaro.
“Em 2019, ao assumir o órgão, procedemos verificação formal do amparo legal de todos os contratos. Para essa ferramenta, instauramos ainda correição específica para afirmar a regular utilização dentro da legalidade pelos seus administradores, cumprindo transparência e austeridade”, afirmou Ramagem em suas redes sociais.
A Polícia Federal deflagrou nesta sexta uma operação para investigar o uso indevido de sistema de geolocalização de dispositivos móveis por servidores da Abin. Segundo as investigações, servidores invadiram a rede de telefonia reiteradas vezes, com a utilização de um sistema de geolocalização adquirido com recursos públicos.
Segundo o jornal O Globo, a Abin utilizou um sistema secreto para monitorar a localização de pessoas entre 2019 e 2021, os três primeiros anos do governo de Jair Bolsonaro, que mantinha uma “central bolsonarista” na agência de inteligência. Como revelou Crusoé em 2020, Alexandre Ramagem, enviava a Flávio Bolsonaro relatórios produzidos clandestinamente pela agência para auxiliar sua defesa no caso da rachadinha na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
Chamado de “FirstMile”, o software oferecia à agência a possibilidade de identificar a localização da área aproximada de aparelhos que utilizam as redes 2G, 3G e 4G.
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