Rodrigo Rodrigues, apresentador do SporTV, morre de Covid-19
O apresentador Rodrigo Rodrigues, do SporTV, morreu nesta terça-feira (28), aos 45 anos, vítima da Covid-19...
O apresentador Rodrigo Rodrigues, do SporTV, morreu nesta terça-feira (28), aos 45 anos, vítima da Covid-19.
O jornalista, músico e escritor estava em tratamento no hospital Unimed Barra, no Rio de Janeiro. Ele recebeu o diagnóstico de Covid-19 há duas semanas e foi internado no último sábado, quando se dirigiu ao hospital para fazer exames.
Ele estava em coma induzido, após ter complicações em razão de uma cirurgia para controlar uma trombose venosa cerebral.
Em nota, a Globo, onde ele trabalhava desde janeiro do ano passado, havia informado que tinha afastado Rodrigo do trabalho assim que ele testou positivo para a doença e que estava prestando apoio a ele e acompanhando o caso.
Rodrigo Rodrigues passou por diversos canais de televisão, como TV Cultura, SBT, ESPN Brasil, Band, Gazeta e Esporte Interativo. No SporTV, comandou “Troca de passes”, “Redação SporTV”, “SporTV News”, “Tá na Área” e “Seleção SporTV”. Na ESPN Brasil, foi o primeiro a apresentar o “Resenha ESPN”.
A Globo divulgou a seguinte nota:
“Nesta terça-feira, dia 28, o apresentador do SporTV, Rodrigo Rodrigues, morreu no Rio de Janeiro, aos 45 anos, por complicações da COVID-19. A Globo se despede com carinho de Rodrigo, lamenta a sua partida tão prematura e se solidariza com a família e com os amigos.
Rodrigo deixa lembranças de seu bom humor e de uma carreira onde jornalismo e música sempre caminharam juntos, como contam seus companheiros do Esporte da Globo:
‘Em janeiro de 2019, o Esporte da Globo ficou mais divertido com a chegada de um apresentador bem-humorado, cheio de referências musicais e um olhar que fugia do senso comum.
Rodrigo Rodrigues apresentou diferentes programas do SporTV até se tornar titular do ‘Troca de Passes’. Apresentou também o ‘Globo Esporte’ de São Paulo em diversos sábados. Rodrigo começou a carreira em 1995, na Rede Vida. Trabalhava com o que mais gostava: música. Em 2001, cobriu o Rock in Rio. O jeito espontâneo arrancava as melhores respostas. Passou por TV Cultura, SBT e Bandeirantes e lançou o primeiro livro em 2008: “As Aventuras da Blitz”, que conta a história da banda de rock liderada por Evandro Mesquita.
Em 2011, o jornalista cultural decidiu se aventurar no esporte. Foi contratado pela ESPN e cativou os atletas da mesma forma que fazia com os músicos. Rodrigo sabia dar espaço para cada convidado brilhar. Cada um no seu momento. Como numa banda de rock, todo instrumentista tem direito ao solo. Nada mais natural para esse jornalista-roqueiro, líder da banda “The Soundtrackers”, que toca músicas de filmes e lançou três discos.
Durante uma apresentação da banda no ‘Domingão do Faustão’, Rodrigo respondeu assim à pergunta de Fausto sobre o começo de sua carreira: “Eu comecei desenhando, aí passei pro violão. E, aí, quando eu achava que ia ser professor de arte e tocar na noite, eu fiz um teste acidental e virei apresentador. Não parei mais, faz 25 anos… Mas eu nunca deixei de tocar, eu faço questão de manter a banda porque uma paixão alimenta a outra”.
Rodrigo Rodrigues tinha 45 anos. No dia 13 de julho, decidiu fazer teste para COVID-19 mesmo sem sintomas – dia 9 tinha sido seu último dia presencial no trabalho. Relatou que um amigo, com quem teve contato, tinha acabado de testar positivo. O resultado do teste de Rodrigo também deu positivo e ele foi imediatamente afastado. Nos dias posteriores, Rodrigo apresentou sintomas como falta de paladar e olfato, mas dizia se sentir bem.
No entanto, a situação mudou no último sábado. Segundo o boletim médico do hospital onde foi internado, Rodrigo deu entrada na emergência com quadro de dor de cabeça, vômito e desorientação. No dia seguinte, foi submetido a um procedimento para diminuição da pressão intracraniana em decorrência de uma trombose venosa cerebral. Ele não resistiu e teve a morte confirmada hoje’.
Desde o início da pandemia, a Globo tem nas medidas de prevenção da doença e no apoio incondicional aos profissionais contaminados com a COVID-19 as suas maiores prioridades.”
O Hospital Unimed também divulgou nota:
“O Hospital Unimed-Rio informa, com pesar, que, após a realização de protocolo de avaliação na manhã desta terça-feira, foi atestada morte encefálica no paciente Rodrigo de Oliveira Rodrigues.
O paciente encontrava-se em estado grave e coma induzido, em unidade de terapia intensiva, desde o último domingo, 26/07, após ter sido submetido a procedimento para diminuição da pressão intracraniana em decorrência de uma trombose venosa cerebral. Rodrigo havia dado entrada na emergência da nossa unidade no sábado, 25/07, com quadro grave e diagnóstico prévio de Covid-19.
Toda a equipe do Hospital Unimed-Rio se solidariza com familiares, amigos e admiradores do trabalho de Rodrigo Rodrigues.”
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