Robô indiano encontra oxigênio e enxofre na Lua
A agência espacial indiana confirmou que o robô explorador, Chandrayaan-3, confirmou a presença de oxigênio e enxofre no polo sul da Lua. Além desses elementos, também foram encontrados cálcio e ferro...
A agência espacial indiana confirmou que o robô explorador, Chandrayaan-3, confirmou a presença de oxigênio e enxofre no polo sul da Lua. Além desses elementos, também foram encontrados cálcio e ferro.
A Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO), disse que, “As medições ‘in-situ’ confirmam inequivocamente a presença de enxofre na região, algo que não era viável com os instrumentos a bordo dos orbitadores”.
Além disso, a análise identificou a presença de cálcio, alumínio, ferro, cromo e titânio. A operação na Lua do robô indiano deve durar duas semanas.
No último dia 23, a missão realizada pela Índia tornou-se histórica, foi o primeiro país a conseguir pousar uma sonda lunar no polo sul, região escura do satélite da Terra, saindo na frente da corrida espacial.
“Conseguimos um pouso suave na Lua, a Índia está na Lua”, disse Sreedhara Panicker Somanath, presidente da Indian Space Research Organisation (ISRO).
A Rússia, dias antes, tentou pousar o Luna-25 que saiu do controle da agência Roscosmos e se chocou contra a superfície da Lua.
A especialista Raquel Missagia, doutora em Estudos Estratégicos da Defesa e da Segurança e professora-colaboradora no Instituto de Estudos Estratégicos da UFF, fez um comparativo entre as duas missões.
Para ela, a Índia aprendeu com erros em outras tentativas. “Em 2009, a Chandrayaan-1 teve que realizar um pouso forçado na superfície lunar após falhas no equipamento; em 2019, na segunda tentativa indiana de pousar na Lua, a Chandrayaan-2 não obteve êxito. As duas falhas auxiliaram no processo de amadurecimento tecnológico para que a missão Chandrayaan-3 obtivesse sucesso”, disse Raquel.
Já no caso da missão russa que fracassou, ela explica que, “O desenvolvimento da Luna-25 não foi evolução de uma missão anterior, já que muitos dos engenheiros experientes e que participaram dos lançamentos nos anos 1970 já estavam aposentados”, explica a especialista. “Além disso, o programa espacial russo experimentou uma grave crise ao longo dos anos 1990, e a Luna-25 sofreu com longos atrasos em sua execução, por vezes fruto de restrições orçamentárias”.
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