A Agência Nacional de Mineração (ANM) aprovou o plano apresentado pela Braskem para o fechamento definitivo de nove cavidades de extração de sal-gema em Maceió. Essa medida faz parte das ações tomadas pela empresa para mitigar os riscos de colapso na região, que resultaram na evacuação emergencial de cinco bairros da capital alagoana: Bebedouro, Bom Parto, Pinheiro, Mutange e Farol.

Até o momento, a Braskem preencheu com areia apenas cinco das 35 minas existentes. A empresa informou que outras três estão em processo de fechamento e uma não precisa mais ser preenchida, pois está pressurizada. Além disso, em cinco cavidades foi constatado o autopreenchimento.

O plano de preenchimento está 70% concluído e tem previsão para ser finalizado até meados de 2025. No entanto, a mina 18 teve os trabalhos suspensos preventivamente devido a movimentações atípicas no solo.

Segundo a Defesa Civil de Maceió, o deslocamento vertical acumulado na mina 18 é de 1,77 metros, porém a velocidade de deslocamento voltou a diminuir para 0,25 centímetros por hora. Nas últimas 24 horas, houve um movimento de seis centímetros.

Diante dessa situação, a população é orientada a não transitar na área desocupada por medida de precaução até que haja uma nova atualização da Defesa Civil. Enquanto isso, medidas de controle e monitoramento estão sendo aplicadas para reduzir os riscos.

Por nota, a Braskem disse que reforça o compromisso em tomar todas as providências necessárias para garantir a segurança da população e a estabilidade do solo na região afetada. A empresa continuará trabalhando em conjunto com as autoridades para solucionar essa questão de forma eficaz e responsável.

O governo federal decretou estado de emergência em Maceió na semana passada por causa do risco iminente de desmoronamento da mina da petroquímica Braskem, que até 2019 fazia a extração de sal-gema em 35 poços abertos na cidade. Desde 2018, a região vive uma tensão, com abalos sísmicos que provocaram afundamento e rachaduras em cinco bairros da capital.

Segundo a Defesa Civil, cerca de 60 mil pessoas tiveram que deixar suas casas por conta do afundamento do sono. A Braskem diz que já foi pago R$ 3,7 bilhões em indenizações e auxílios financeiros para moradores e comerciantes desses bairros.