Retirada de candidato do PSB em Olinda vai satisfazer o PT?
No Recife, o partido de Lula insiste em indicar o vice de João Campos, que, por sua vez, prefere escolher um candidato de sua confiança
O PSB de Pernambuco decidiu nesta terça-feira, 25, retirar a pré-candidatura da deputada estadual Gleide Ângelo em Olinda, na Região Metropolitana do Recife, e apoiar a candidatura de Vinicius Castello (PT) para a sucessão do prefeito Professor Lupércio (PSD).
O anúncio foi realizado pelo prefeito do Recife e vice-presidente nacional do PSB, João Campos, no Instagram.
“Olinda sabe que pode contar com o nosso apoio. Por isso, o PSB decidiu seguir ao lado de Vinicius Castello!
Vini é um jovem da periferia da cidade que abraçou a política como missão e está pronto pra ser prefeito.
Esta é uma aliança por Olinda, por um projeto transformador de cidade e pela unidade das forças populares. Agora é oficial e agora é Vinicius, pela mudança de Olinda!”
O afago de João Campos ao PT
A retirada da candidatura é vista como um afago do prefeito João Campos e do PSB ao PT, que reivindica o posto de candidato a vice-prefeito na chapa de Campos no Recife.
Possível candidato a governador de Pernambuco em 2026, João Campos já indicou a Lula que pretende escolher um candidato a vice de sua confiança.
No início de junho, ele exonerou dois secretários cotados para ocupar a vaga: seu chefe de gabinete Victor Marques (PC do B), favorito ao posto, Marília Dantas (MDB), ex-secretária de Infraestrutura do município.
O PT vai ceder?
Envolvido na articulação política entre PT e PSB em Pernambuco, o senador Humberto Costa (PT-PE) afirmou que seu partido não desistiu de indicar o vice na capital.
“Não estabelecemos nenhuma vinculação entre Recife e Olinda”, disse Costa à Folha de S.Paulo.
Enquanto isso, o PT se aproxima de Raquel Lyra
Preterido na escolha do vice, o PT de Pernambuco tem se aproximado da governadora do estado, Raquel Lyra (PSDB), sinalizando uma possível aliança em 2026.
Formada por três deputados estaduais, a bancada petista na Assembleia Legislativa (Alepe) passou a se posicionar alinhada ao Palácio das Princesas nos últimos meses.
Em maio, a bancada endossou a aprovação do projeto que extingue as faixas salariais de bombeiros e policiais militares, de forma escalonada, até 2026, contrariando os deputados do PSB, que defendiam a antecipação da medida para 2025.
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