Requião quer ser prefeito de Curitiba
Em entrevista, Requião expressou sua insatisfação com a sua atuação dentro do PT, ele afirmou que se sentia "imobilizado"
O ex-senador e ex-governador do Paraná, Roberto Requião (foto), anunciou sua filiação ao Mobiliza, antigo PMN, na última sexta-feira, 12. Requião deixou o PT no final de março após desacordos com a sigla. O político decidiu se juntar ao Mobiliza visando sua candidatura à prefeitura de Curitiba.
Segundo reportagem do O Globo, um dos principais motivos que levaram Requião a deixar o PT foi o apoio do partido às privatizações de companhias paranaenses. Além disso, o ex-governador não concorda em estar no mesmo palanque que o deputado federal Luciano Ducci (PSB) nas eleições municipais.
Requião insatisfeito
Em entrevista, Requião expressou sua insatisfação com a sua atuação dentro do PT. Ele afirmou que se sentia “imobilizado” e que não conseguia ter espaço para expressar suas opiniões. No entanto, ressaltou que não se arrepende de ter apoiado Lula contra o liberalismo econômico.
O ex-senador já havia feito críticas a Lula nas redes sociais anteriormente. Ele demonstrou desilusão com os rumos da gestão e destacou a dificuldade em compreender o que está acontecendo. Requião também ressaltou a importância de continuar com críticas contundentes e repensar a participação política.
A filiação de Requião ao Mobiliza vem em meio a uma crise interna no PT em relação à prefeitura de Curitiba. O partido costurou um apoio a Luciano Ducci, que faz parte do partido do vice-presidente Geraldo Alckmin. Essa aliança tem gerado questionamentos e divisões dentro da sigla.
Requião e o PT
Durante os dois anos que esteve filiado ao partido, o ex-governador tentou um quinto mandato ao Palácio Iguaçu pelo PT — ele, no entanto, acabou derrotado ainda em primeiro turno para Ratinho Jr. (PSD), que se reelegeu para um segundo mandato.
Desde então, a relação de Requião e de outros membros da sua família ao partido foi azedando aos poucos. “Nós elegemos uma proposta para o governo federal que, aqui no Paraná, não está sendo implementada. É um acordo velado com o governo do estado, que é de extrema-direita e não tem QI para isso“, disparou em março o deputado estadual Requião Filho, ao comentar a saída do pai. “Antes do partido, vem a consciência”. Requião Filho se mantém no partido, devido à fidelidade partidária.
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