Repactuação da delação da J&F não deve envolver revelação de novos crimes
Interlocutores dos executivos da J&F afirmam reservadamente que a repactuação da delação premiada com a Procuradoria-Geral da República não deve envolver a revelação de novos fatos criminosos...
Interlocutores dos executivos da J&F afirmam reservadamente que a repactuação da delação premiada com a Procuradoria-Geral da República não deve envolver a revelação de novos fatos criminosos.
Segundo essas fontes, Joesley Batista, Wesley Batista, Francisco de Assis e Ricardo Saud já revelaram tudo que sabiam aos investigadores. Agora, a questão central seria discutir qual a punição para os executivos.
Pelo acordo original, fechado na gestão de Rodrigo Janot, os colaboradores não seriam denunciados – o que provocou forte reação na época, inclusive de ministros do Supremo Tribunal Federal. Com a rescisão, eles perderiam o benefício. A nova demanda dos delatores seria convencer a PGR de que não querem ficar presos.
As defesas, que têm falado em “resolução conciliatória” devem reforçar nas tratativas que os delatores sempre mantiveram a colaboração com a Justiça, mesmo após a rescisão pela PGR, e defender que a colaboração foi efetiva, produzindo resultados.
Para os investigadores, a retomada do acordo pode ser positiva porque evitaria um novo embate envolvendo a delação: a validade das provas – caso o plenário do Supremo homologasse a rescisão. Além de evitar novos desgastes para o MP na Corte, sendo que esse é um dos acordos considerados mais sensíveis fechados na esteira da Lava Jato.
O pedido da PGR é para que o Supremo suspenda por 60 dias o processo de rescisão para que novas negociações sejam travadas.
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