Relatório da transição não tem informações da Defesa e da Inteligência
Nas 100 páginas do relatório final do gabinete de transição que atendeu ao futuro governo Lula, quase não há informações sobre as áreas de Defesa e Inteligência. O pouco de informação revelado diz, justamente, que "alguns destes documentos contêm informações reservadas...
Nas 100 páginas do relatório final do gabinete de transição que atendeu ao futuro governo Lula, quase não há informações sobre as áreas de Defesa e Inteligência. O pouco de informação revelado diz, justamente, que “alguns destes documentos contêm informações reservadas pela LAI e LGPD, como no caso de Defesa e Inteligência.”
A única menção direta à pasta de Defesa é sobre o que o novo governo chama de “multiplicação descontrolada das armas no Brasil, sem fiscalização rigorosa e adequada”. Para eles, o controle de armamentos será uma atribuição do Ministério da Justiça que deverá ocorrer em diálogo com a pasta que coordena as Forças Armadas.
A escassez de informações aponta para a dificuldade do novo governo com os dois setores, dominados por militares que são historicamente antipáticos a governos petistas. Durante a transição, nem ao menos foi possível montar um grupo de trabalho da Defesa, com Lula partido diretamente para a nomeação de José Múcio Monteiro como seu ministro. Já o grupo de Inteligência Estratégica foi formado por quatro especialistas e três oficiais da Abin.
O relatório final, vale lembrar, não deve ser lido como um relatório final – e sim uma peça de propaganda.
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