Leonardo Barreto, da Factual Informação e Análise, acredita que o Brasil ainda vá enfrentar um bom período de “instabilidade política crônica”, com governos com alto índice de rejeição.

“A rejeição [aos políticos] é um fato, mas ainda não leva à renovação. Ela se traduz mais em um ‘não voto’ do que no suporte para que pessoas novas entrem na política.”

A culpa não é apenas dos eleitores. O sistema, reforça o cientista político, está preparado para bloquear renovações e continuar funcionando com “uma vacina anti-mudança”, proibindo candidaturas avulsas (de candidatos sem filiação partidária), por exemplo.

“O Brasil entrou numa fase de transição, mas ainda é algo incompleto. A gente não sabe quando vai chegar ao outro lado da ponte. Leva tempo para que o sentimento de rejeição se transforme em renovação efetiva.”

Desde ontem, O Antagonista atualiza o cenário das eleições nos estados. Veja aqui:

E a renovação?