A concessionária de energia elétrica Enel divulgou que, aproximadamente 24 horas após um apagão que atingiu diversos bairros da região central de São Paulo, cerca de 15% dos clientes ainda estão sem luz.

O levantamento mais recente, divulgado por volta das 11h, revela a dimensão do problema enfrentado pelos moradores da região. A queda no abastecimento foi causada por uma falha na rede subterrânea.

Dentre os locais em que a energia já foi restabelecida está a Santa Casa de Misericórdia, que teve que utilizar geradores desde ontem para manter o funcionamento das áreas de internação e emergência. A instituição informou que os atendimentos ambulatoriais e exames adiados serão remarcados posteriormente.

Problema com o abastecimento de água

A Enel afirmou que, na noite de segunda-feira, já havia restabelecido 70% do serviço nos bairros afetados. Entretanto, nesta manhã, muitos moradores relataram problemas também com a interrupção do abastecimento de água. A concessionária de energia esclareceu que o restabelecimento dos dois serviços tem ocorrido simultaneamente.

Além disso, outra região duramente afetada pela falha na rede subterrânea foi a Rua 25 de Março, conhecida pelo tradicional comércio popular paulistano. Para manter o funcionamento das lojas, foram necessários seis geradores fornecidos pela concessionária. Felizmente, por volta das 9h da manhã, o fornecimento de energia foi restabelecido na região.

Quedas de energia em 2023

Esse incidente não é um caso isolado. Em 2023, a Enel registrou 339.993 quedas de energia não programadas ao longo do ano passado na capital de São Paulo e em mais 23 cidades da Região Metropolitana, segundo levantamento do O Globo.

Esse número representa um aumento de 37% em relação à média dos anos anteriores, que era de 248 mil ocorrências entre 2018 e 2022. As principais causas apontadas pela empresa são “vento” e “árvores ou vegetação”.

Origem do Problema

A Enel, distribuidora responsável pelo fornecimento de energia na cidade, atribuiu a causa do apagão a uma escavação feita pela Sabesp, que teria atingido acidentalmente cabos da rede subterrânea.

Contudo, a Sabesp refutou essa versão e informou, em nota, que houve uma sondagem prévia e que a escavação foi realizada manualmente para evitar danos à fiação.