Região onde Bruno e Dom Phillips desapareceram é dominada por cartéis de drogas
A região da Amazônia onde o indigenista brasileiro Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips desapareceram é dominada por cartéis de drogas de Miami, Medellín e Sinaloa...
A região da Amazônia onde o indigenista brasileiro Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips desapareceram é dominada por cartéis de drogas de Miami, Medellín e Sinaloa, diz o Estadão. De acordo com o jornal, criminosos “mantêm um Estado paralelo no Alto do Solimões”.
A reportagem detalha como comunidades ribeirinhas como a de São Rafael, onde indigenista e jornalista foram vistos pela última vez, sofrem forte influência de cartéis.
“Trata-se de [um] megaesquema de transporte de armas e drogas, pistolagem e lavagem de dinheiro que tem impacto na economia de nove municípios com o mercado de entorpecentes e de pesca e caça ilegais em uma região de 213 mil km² de floresta, maior que o território do Estado do Paraná”, diz o Estadão.
“Do outro lado do rio Javari, em território peruano, as plantações de coca podem ser encontradas em meia hora de viagem. Nas cidades dessa área de fronteira, a emissão de notas fiscais é raridade. Sem controle do Fisco, o dinheiro dos cartéis se mistura ao de negócios constituídos para dar aparência de legalidade aos esquemas que aliciam comerciantes, atravessadores, pescadores, caçadores e políticos locais”, acrescenta o jornal.
Ainda segundo a reportagem, polícia trabalha com a suspeita de que um atravessador com dupla nacionalidade tenha dado uma ordem para que o pescador Amarildo Costa, conhecido Pelado — preso temporariamente — matasse Pereira por causa de prejuízos ao negócio ilegal da pesca que o indigenista vinha causando com as fiscalizações.
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