Crise climática: Recorde de queimadas florestais no Brasil assusta
Focos de queimadas no Pantanal até junho de 2024 tiveram um aumento de 22 vezes em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Os primeiros seis meses de 2024 têm sido marcados por um aumento alarmante no número de queimadas florestais nos biomas brasileiros.
Ao analisar os dados coletados, um recorde preocupante foi atingido neste período, com o Pantanal e o Cerrado no centro das atenções.
A situação exige uma análise minuciosa e ações rápidas para evitar maiores danos ambientais.
A recente compilação de dados pela WWF-Brasil, com base em informações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), destaca que essa preocupante elevação nos índices de queimadas se distribui por quase todos os ecossistemas nacionais.
Esta tendência evidencia as graves consequências das mudanças climáticas que alteram o ciclo natural de chuvas e secas em diversas regiões.
Dados das queimadas florestais no Brasil
De acordo com o relatório, o Pantanal apresentou mais de 3.262 focos de queimadas até junho de 2024, um aumento de mais de 22 vezes em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Este é um número sem precedentes desde o início das medições realizadas em 1988.
Além disso, o Cerrado também não ficou atrás, com um crescimento de 32%, somando 12.097 focos detectados.
Especialistas apontam que, embora tenha ocorrido uma queda no desmatamento nos últimos dois anos, o aumento dos incêndios parece estar intimamente ligado à crise climática global.
Por exemplo, a severa seca que atinge a Amazônia desde 2023 é um dos fatores colaboradores para o elevado número de queimadas.
Este cenário é agravado pela irregularidade das chuvas que dificulta a recuperação natural do solo e da flora.
Medidas governamentais
Diante deste cenário desolador, medidas estão sendo tomadas para tentar conter a escalada de queimadas.
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, declarou que as “queimas controladas”, usadas em manejo de pasto ou cultivo, estão proibidas nos biomas Amazônia, Cerrado e Pantanal até o final de 2024.
A prática agora é considerada crime, na tentativa de preservar o que ainda resta desses ecossistemas vitais.
A decisão reflete a urgência de resposta às dinâmicas de alterações climáticas e busca mitigar impactos futuros.
Os especialistas destacam que a temporada de incêndios, que geralmente alcança seu pico entre agosto e outubro, ainda nem começou, o que pode significar um agravamento do cenário se medidas efetivas não forem aplicadas.
As queimadas não só devastam a biodiversidade, como também liberam grandes quantidades de CO2 na atmosfera, ampliando o problema do aquecimento global.
A situação requer um comprometimento conjunto de governos, organizações e da sociedade para combater as causas desses desastres e trabalhar por um futuro mais sustentável.
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