Receita intercepta carga de cocaína avaliada em R$ 90 milhões
Droga estava oculta em meio a sal marinho com destino à Europa
Nesta quarta, 17, a Receita Federal realizou uma operação que resultou na apreensão de 330 kg de cocaína no Porto do Rio de Janeiro. A droga, estimada em R$ 90 milhões, estava escondida entre uma carga de sal marinho e tinha como destino a Bélgica.
Os agentes da Receita Federal, com o auxílio de cães farejadores, encontraram a droga durante uma fiscalização rotineira. O contêiner com o carregamento já era monitorado pela Divisão de Vigilância e Repressão ao Contrabando e Descaminho da Receita Federal, responsável pela 7ª Região Fiscal.
A Receita Federal destacou a importância da cooperação entre diferentes unidades e o uso de tecnologias avançadas, incluindo os cães farejadores, para identificar e apreender cargas ilícitas. A Bélgica, destino da carga apreendida, é um ponto de distribuição central para drogas na Europa.
O papel estratégico do Brasil no tráfico de cocaína
O Brasil tem se destacado como um ponto crucial no tráfico internacional de cocaína, servindo como um importante corredor para a droga destinada à Europa e à África. Embora praticamente não produza cocaína, o país é um dos maiores exportadores da droga, utilizando sua extensa infraestrutura logística, que inclui portos como Santos, Paranaguá, Belém e Salvador.
A cocaína entra no Brasil principalmente pelas fronteiras com países produtores como Colômbia, Peru, Bolívia e Venezuela. A região amazônica, especialmente o Pará, é uma rota significativa para a droga que entra no país. A saída da cocaína ocorre majoritariamente por via marítima, tendo a Europa e a África como principais destinos.
Internamente, o consumo de cocaína no Brasil é significativamente alto, sendo quatro vezes superior à média mundial. Juntamente com Chile e Costa Rica, o Brasil contribui para o elevado consumo de cocaína na América do Sul.
Grupos criminosos como o PCC (Primeiro Comando da Capital) têm expandido sua influência, controlando pontos estratégicos de tráfico, como fronteiras, portos e aeroportos. Esses grupos estão cada vez mais internacionalizados, ampliando suas operações além das fronteiras brasileiras.
A pandemia de COVID-19 alterou as dinâmicas do tráfico, forçando mudanças nas rotas e nos métodos de transporte da droga. Em resposta, o Brasil intensificou suas ações de combate ao tráfico, focando na apreensão de drogas e na desarticulação financeira das organizações criminosas.
Esses esforços incluem operações interagências nos principais pontos de saída da droga e o confisco de bens dos traficantes, visando reduzir o impacto financeiro dessas organizações criminosas. A posição geográfica estratégica do Brasil e sua infraestrutura portuária fazem do país um elo vital na cadeia global do tráfico.
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