Uma recente pesquisa com 5.681 egressos do ensino superior, abrangendo tanto a rede pública quanto a privada em todos os estados brasileiros, revelou as graduações que oferecem melhores perspectivas de emprego. A análise teve como foco identificar os cursos de graduação que apresentam os mais altos índices de empregabilidade.

O curso de medicina lidera o ranking, com 92% dos formados trabalhando em atividades remuneradas diretamente ligadas ao que estudaram na universidade.

Cursos que Garantem Mais Empregos

Além de medicina, outros cursos também mostraram altos índices de empregabilidade. Farmácia e odontologia, por exemplo, têm 80,4% e 78,8% dos formados empregados em suas respectivas áreas. Já gestão da tecnologia da informação e ciência da computação possuem índices de 78,4% e 76,7%.

De acordo com Rodrigo Capelato, diretor-executivo do Semesp, esses dados refletem a alta demanda por profissionais qualificados e a reduzida oferta de mão de obra nessas áreas.

Engenharia Química: Um Cenário Preocupante

Por outro lado, a engenharia química enfrenta dificuldades, com 55,2% dos formados atuando fora da área de formação. Segundo Capelato, isso é resultado da crise financeira e das melhores oportunidades em outras carreiras que esses profissionais podem seguir.

Diferença Salarial ao Atuar na Área de Formação

Trabalhar na área de formação pode resultar em um aumento salarial de 27,5%. Em média, esses profissionais ganham R$ 4.494, enquanto aqueles que atuam em outras áreas recebem R$ 3.523.

Cursos com Maior Empregabilidade

• Medicina: 92% de empregados
• Farmácia: 80,4% de empregados
• Odontologia: 78,8% de empregados
• Gestão da Tecnologia da Informação: 78,4% de empregados
• Ciência da Computação: 76,7% de empregados
• Medicina Veterinária: 76,6% de empregados
• Design: 75% de empregados
• Relações Públicas: 75% de empregados
• Arquitetura e Urbanismo: 74,6% de empregados
• Publicidade e Propaganda: 73,5% de empregados

Cursos com Profissionais Atuando em Outras Áreas

Alguns cursos apresentam um elevado número de formados que trabalham fora de suas áreas de formação. Confira a lista:

• Engenharia Química: 55,2%
• Relações Internacionais: 52,9%
• Radiologia: 44,4%
• Engenharia de Produção: 42,4%
• Processos Gerenciais: 41,2%
• Gestão de Pessoas/RH: 40,5%
• Jornalismo: 40,4%
• Biologia: 40%
• Química: 38,9%
• História: 36,8%

Graduações com Maior Índice de Desemprego

Em algumas graduações, a taxa de desemprego é significativa. Dentre os principais desafios estão a falta de experiência e os baixos salários oferecidos. Veja as áreas com maiores índices de desemprego:

• História: 31,6%
• Relações Internacionais: 29,4%
• Serviço Social: 28,6%
• Radiologia: 27,8%
• Enfermagem: 24,5%
• Química: 22,2%
• Nutrição: 22%
• Logística: 18,9%
• Agronomia: 18,2%
• Estética e Cosmética: 17,5%

Essas informações destacam a importância de considerar tanto interesses pessoais quanto as perspectivas de emprego ao escolher uma graduação.