Randolfe Rodrigues (Rede-AP) acusou o assessor especial da Casa Civil Elcio Franco de ser o “responsável pelo projeto de morte” do governo de Jair Bolsonaro durante a pandemia enquanto ocupava a Secretaria Executiva do Ministério da Saúde.

A acusação foi feita por Randolfe depois que Francieli Fantinato, ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunização, disse que partiu de Franco a ordem para não adquirir o total de vacinas oferecidas pela Organização Mundial de Saúde ao Brasil.

A OMS havia oferecido doses suficientes para imunizar 50% da população, segundo Fantinato, mas Franco defendeu que o país aceitasse um total que serviria para vacinar apenas 10% dos brasileiros.

Franco já está na mira da CPI desde que foram divulgadas as tratativas para compra de vacinas via a empresa Davati Medical. Ontem, o coronel do Exército foi citado por Roberto Dias, ex-diretor de logística do Ministério da Saúde, como sendo o único responsável pela compra de vacinas.

Para Randolfe, as afirmações de hoje, mais as de ontem, mostram que Franco “é reincidente” nos problemas para compra de vacinas.

“Foi a gestão [Eduardo] Pazuello/Elcio Franco. Mais Elcio Franco do que Pazuello.”

Os fatos narrados até agora à CPI, para Randolfe, fazem com que Elcio mereça ser um dos julgados pelo tribunal de Haia por conta das mortes no Brasil durante a pandemia.

“O que temos que apurar nessa comissão é a mando de quem estava matando gente.”

Assista ao momento da discussão: