Ramos admite reunião a pedido de senador sobre ‘setor madeireiro’
O ministro Luiz Eduardo Ramos, que chefiou a Secretaria de Governo até março deste ano, disse nesta quarta (18) a deputados que recebeu o senador Telmário Mota em fevereiro para tratar de assuntos do 'setor madeireiro de Roraima'...
O ministro Luiz Eduardo Ramos, que chefiou a Secretaria de Governo até março deste ano, disse nesta quarta (18) a deputados que recebeu o senador Telmário Mota em fevereiro para tratar de assuntos do ‘setor madeireiro de Roraima’.
“Me foi solicitada uma reunião pelo ilustríssimo senador Telmário Mota (Pros), do estado de Roraima. No pedido, encaminhado por e-mail para o meu gabinete, o parlamentar solicitava uma audiência com a seguinte pauta, conforme previsto em todas as solicitações: ‘Setor madeireiro de Roraima e outros assuntos do estado’. Senhores, os assuntos de Roraima são os assuntos do Brasil”, disse o atual ministro da secretaria-geral da Presidência, em sessão da Comissão de Fiscalização da Câmara.
“São assuntos que obviamente vão sempre abrir as portas de qualquer governo ou ministério comprometido com o seu povo”.
Ramos disse que a reunião com o senador Mota foi em 1º de fevereiro deste ano. Depois, portanto, da Operação Handroanthus da Polícia Federal, em dezembro de 2020, a maior apreensão de madeira ilegal na história da instituição.
Depois, Ramos acrescentou: “Quando soube imediatamente da questão dos madeireiros, verifiquei que era um assunto específico, cuja competência legal para apreciar o tema (sic) era do Ministério do Meio Ambiente. Assim sendo, solicitei de imediato que o senador e os representantes procurassem a pasta do Meio Ambiente. Logo, cumpri minha missão institucional ao fazer a interface e acionar o ministro do Meio Ambiente à época, Ricardo Salles, que marcou uma reunião com o senador”.
Em 26 de abril, o então ministro Ricardo Salles disse à rádio CBN que atuou para liberar a madeira ilegal apreendida pela Polícia Federal a pedido de três deputados federais e quatro senadores. O lote com mais de 226 metros cúbicos e avaliado em R$ 129 milhões foi confiscado no âmbito da Handroanthus.
Essa reunião aconteceu em 25 de março, e, como O Antagonista mostrou, foi confirmada por todos os parlamentares citados por Salles.
O Antagonista pediu a ata da reunião, mas o Ministério do Meio Ambiente alegou que o documento estava “no computador apreendido na [O]peração Akuanduba da Polícia Federal”.
A Operação Akuanduba foi em maio, depois da Operação Handroanthus.
Ramos foi chamado à Câmara para “prestar esclarecimentos sobre a reunião do governo, solicitada por ele, para discutir a situação dos madeireiros investigados pela Operação Handroanthus, da Polícia Federal”.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)