Ramagem serve torta de climão no PL ao dizer que gestão de Castro é ‘medíocre’
"Quando a gente olha para a gestão de Cláudio Castro, é uma gestão medíocre", frisou o candidato à prefeitura do RJ pelo PL.
O ex-presidente Jair Bolsonaro teve que ‘meter a colher’ na briga inaugurada pelo candidato à prefeitura de São Paulo pelo PL, Alexandre Ramagem, com provocações ao governador Cláudio Castro, também membro do partido bolsonarista. Críticas ao governador do Rio de Janeiro passaram a fazer parte da estratégia de Ramagem para sinalizar ao eleitorado da capital carioca um compromisso com a área da Segurança Pública.
Durante sabatina no jornal O Globo no mês passado, Ramagem atribuiu nota sete ao desempenho de Cláudio Castro em relação à segurança. Ao ser questionado, no último debate do primeiro turno, sobre o fato de ser considerado afilhado político do governador do Rio de Janeiro, Ramagem respondeu: “Eu não tenho padrinho. Minha liderança política se chama Jair Bolsonaro (…). Quando a gente olha para a gestão de Cláudio Castro, é uma gestão medíocre. Tem muito a se fazer. Mas a sua gestão (Paes) é muito pior, é nota zero”.
Interlocutores afirmam que Ramagem vê sua associação com Cláudio Castro como prejudicial à sua imagem junto ao eleitorado. Incomodado, o governador deve se manter em silêncio até o final do primeiro turno, a pedido de Bolsonaro.
Popularidade de Castro
Em julho, uma pesquisa do Datafolha, divulgada pela Folha de S.Paulo, revelou que 46% dos entrevistados avaliam Cláudio Castro (PL) como um gestor ruim ou péssimo; 36% classificam sua gestão como regular; e 14% consideram seu mandato ótimo ou bom. Além disso, 5% dos participantes não souberam opinar.
Destino imprevisível
No debate realizado pela TV Globo nesta quinta-feira, 3, Paes foi o principal alvo dos adversários. Candidato à reeleição, ele enfrentou ataques de todos os lados, especialmente de Ramagem e Rodrigo Amorim (União Brasil), que questionaram sua gestão e sua proximidade com o ex-governador Sérgio Cabral.
A estratégia de Ramagem tem sido trazer temas nacionais para o centro da campanha, transformando a eleição municipal em uma extensão da polarização entre lulistas e bolsonaristas. Enquanto Paes, conhecido como o “prefeito síndico”, foca na administração da cidade e evita nacionalizar o debate, Ramagem tem colado sua imagem à de Bolsonaro, prometendo mudanças na segurança pública e acusando a atual gestão de ineficiência.
A pauta da segurança foi um dos pontos centrais do debate. Paes associou Ramagem à política de segurança de Castro, ao que Ramagem respondeu com duras críticas à gestão do governador, chamando-a de “medíocre” e defendendo que, se eleito, transformaria o Rio em uma “cidade inteligente”, investindo em tecnologia e câmeras de segurança. Outros temas como saúde, educação e transporte também estiveram em destaque, com Amorim criticando o sistema de regulação de consultas e Ramagem defendendo escolas cívico-militares.
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