Quem são os indicados da lista tríplice para a PGR
Os três nomes mais votados dentro do Ministério Público Federal para formar a lista tríplice de indicados a procurador-geral da República pertencem ao órgão há quase 30 anos. Conheça abaixo um pouco da trajetória e ideias de cada um...
Os três nomes mais votados dentro do Ministério Público Federal para formar a lista tríplice de indicados a procurador-geral da República pertencem ao órgão há quase 30 anos.
Conheça abaixo um pouco da trajetória e ideias de cada um:
Mario Bonsaglia
Desde 1991 no MPF, é vice-presidente do Conselho Superior do MPF. Atua hoje no controle externo da atividade policial e do sistema prisional. Comandou a Associação Nacional dos Procuradores da República entre 1999 e 2001 e integrou o Conselho Nacional de 2009 a 2013.
Doutor em direito de Estado pela USP, demonstrou, em entrevista recente, reservas quanto à possibilidade de uma nova lei contra abuso de autoridade punir juízes e procuradores com critérios subjetivos. Para ele, CNJ e CNMP já controlam bem a atuação dos magistrados.
É visto pelos pares como bastante corporativista. Sempre defende o MPF contra tudo e contra todos e passou a campanha prometendo garantir verbas para o órgão no cenário de aperto fiscal imposto pela emenda do teto de gastos.
Luiza Frischeisen
Está no MPF desde 1992 e representou a instituição no CNJ de 2013 a 2015. Atualmente coordena a 2ª Câmara de Revisão, responsável pela área criminal do MPF.
Em entrevista ao Conjur, defendeu o engajamento do órgão em campanhas contra a corrupção e a favor de normas padronizadas para a negociação de acordos de delação. Também pregou “franco diálogo” com PF, Receita e CVM, para melhorar a qualidade das investigações, bem como é favorável à existência de forças-tarefa dedicadas exclusivamente a grandes casos de corrupção.
É identificada pelos colegas como alinhada com o ideário de esquerda. Tem doutorado na USP com tese sobre “construção da igualdade e o sistema de Justiça” e mestrado na PUC-SP com dissertação sobre o MP, as políticas públicas e a “concretização da ordem social”.
Blal Dalloul
Integra o MPF desde 1996 e atualmente é procurador regional, um nível abaixo dos demais concorrentes, que estão no topo da carreira. Atua na área criminal junto ao TRF-2 (RJ e ES), foi secretário-geral do CNMP e do MPU.
Foi homem de confiança de Rodrigo Janot (2013-2017), especialmente na área administrativa. Antes de ser procurador, foi servidor do órgão por 11 anos.
Em recente entrevista, disse que a delação fechada com a JBS, manchada pela suposta atuação dupla do ex-procurador Marcello Miller, não comprometeu o uso desse meio de investigação. Também pregou relação harmoniosa com os demais poderes e ação integrada com polícias para combater o crime organizado e favorecer a segurança pública.
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