Quem manda mais no PL, Bolsonaro ou Valdemar?
O ex-presidente da República e o presidente nacional do PL adotaram lados opostos em alguns municípios no pleito marcado para outubro
Empenhado em conquistar mil prefeituras, o PL não passará das eleições municipais marcadas para outubro sem precisar lidar com algumas divergências internas entre suas principais lideranças: Valdemar Costa Neto e Jair Bolsonaro.
O desgaste entre eles, que não podem se encontrar por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF, é refletido em candidaturas em que ocupam lados opostos, como nos municípios em que o partido decidiu compor chapa com candidatos da esquerda, publicou O Globo.
À revelia de Valdemar, Bolsonaro tem vetado até candidaturas com nomes de centro, em uma tentativa de fortalecer seus aliados mais fieis no PL.
O apoio de Bolsonaro a adversários do PL
Em algumas cidades, Bolsonaro irá privilegiar os candidatos mais alinhados aos valores que o elegeram em 2018, independentemente da filiação partidária.
Esse é o caso de Guarulhos (SP), onde o ex-presidente preferiu apoiar a candidatura do deputado estadual Jorge Wilson, o “Xerife do Consumidor”, do Republicanos, enquanto Valdemar apoia o vereador Lucas Sanches, do PL.
A situação se repete em Ilhabela (SP), onde Valdemar lançou como candidato Toninho Colucci, do PL, mas Bolsonaro decidiu apoiar a candidata do Podemos, Diana Almeida Matarazzo, vereadora apadrinhada por Renato Bolsonaro (PL), irmão do ex-presidente.
Em Búzios (RJ), o PL lançou o vereador Rafael Aguiar como candidato a prefeito, mas a família Bolsonaro estará no palanque de Alexandre Martins, do Republicanos.
PL e PT estarão juntos em São Luís
Em São Luís (MA), o PL decidiu apoiar a candidatura do deputado federal Duarte Junior (PSB), que também terá o PT em sua chapa.
Ao Globo, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho mais velho do ex-presidente, criticou os quadros do PL que comandam diretórios locais e se aliaram a candidatos de centro ou de esquerda.
“Quando falamos do partido em todo o Brasil, é necessário entender que ainda temos diretórios do PL que são comandados por pessoas anteriores ao bolsonarismo. É o caso do Maranhão, que tem um diretório completamente desalinhado com nossos valores e permitiram essa bizarrice que é um palanque compartilhado com o PT. Não apoiaremos isto, de jeito algum”, afirmou.
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