O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (foto), afirmou neste domingo acreditar que as queimadas no Brasil não afastam investimentos estrangeiros. A declaração foi feita em Nova York, nos Estados Unidos, onde a comitiva do governo Lula participa de eventos da Semana do Clima.

“Acredito que não. Só [afasta] o capital especulativo, mas o capital que vai investir no Brasil por 15, 20 ou 30 anos não é afetado. Mas temos que cuidar deste cenário, claro.”

Haddad também se manifestou sobre o contexto fiscal, com a alta dos juros, e disse ainda que o investidor estrangeiro olha para o Brasil “a médio e longo prazo”. 

“O que importa para ele é saber como estão as condições de médio e longo prazo no Brasil. Por isso que os investimentos estão subindo, apesar desse episódio [aumento dos juros]”, acrescentou.

Na semana passada, o Copom do Banco Central decidiu aumentar a taxa básica de juros. A decisão foi tomada de forma consensual entre os nove diretores do BC que compõem o colegiado.

O ajuste era esperado pelo mercado financeiro, mas havia dúvidas sobre a amplitude da alta e a coesão do Comitê.

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Lula, que também está em Nova York, discursou neste domingo, 22, na sessão de abertura da Cúpula do Futuro, evento paralelo à Assembleia-Geral das Nações Unidas, e cobrou maior engajamento dos líderes globais em temas como meio ambiente.

Em seu breve discurso de 5 minutos, o petista afirmou que “faltam ambição e ousadia” no cenário atual. Disse ainda que a ONU precisa passar por uma “transformação” para resolver a questão da governança global.

Ele também criticou a falta de recursos dos países desenvolvidos para mitigar os efeitos do aquecimento global. 

“Os níveis atuais de redução de emissões de gases do efeito estufa e financiamento climático são insuficientes para manter o planeta seguro.”