Quanto vai custar adiar o Enem dos Concursos
Paulo Pimenta afirmou que o adiamento do Concurso Nacional Unificado vai custar R$ 50 milhões aos cofres públicos
O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta (foto), afirmou que o adiamento das provas do Enem dos Concursos, marcadas para o próximo domingo, 5, vai ter um custo de R$ 50 milhões aos cofres públicos.
Em entrevista à EBC, Pimenta destacou que os ministros do governo Lula irão se reunir para buscar uma solução jurídica para o Concurso Nacional Unificado (CNU) diante das adversidades causadas pelas chuvas no estado gaúcho.
“O adiamento do concurso tem custo de R$ 50 milhões. Temos mais de 2,5 milhões de inscritos em todo o país e, a princípio, a ideia de suspender o concurso só para o Rio Grande do Sul do ponto de vista jurídico é muito questionável”, disse o ministro.
Em um pronunciamento nesta tarde, 3, a ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, afirmou que a prova foi adiada em todo o país. Uma nova data será definida.
Pressionado, governo adia Enem dos Concursos
O adiamento ocorreu em função das fortes chuvas que atingem o estado do Rio Grande do Sul.
Na quinta-feira, 2, o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, chefiado pela ministra Esther Dweck, informou que a prova seria mantida, inclusive no Rio Grande do Sul.
Diante do estrago causado pelas chuvas no Rio Grande do Sul, o governador Eduardo Leite pediu na quarta-feira, 1º, que o concurso foi adiado. Nesta sexta, 3, a bancada gaúcha de deputados federais e senadores decidiu pressionar pelo adiamento.
O procurador Enrico Rodrigues de Freitas, do Ministério Público Federal, também oficiou o Ministério da Gestão a informar se a suspensão das provas estava em estudo e quais seriam as medidas adotadas em relação aos candidatos do Rio Grande do Sul, caso o concurso foi mantido para domingo.
Tragédia no Rio Grande do Sul
Até o momento, a Defesa Civil registrou 31 mortos e 74 desaparecidos no estado gaúcho. Apesar da situação de calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Gestão informou que o governo decidiu manter a aplicação da prova em todo o país. O governo federal reconheceu o estado de calamidade pública na região e busca garantir que nenhum candidato seja prejudicado.
No Rio Grande do Sul, cerca de 86 mil pessoas se inscreveram para fazer a prova em 10 cidades do estado. Algumas dessas localidades estão em áreas de situação de emergência, o que dificulta o acesso. O governo está empenhado em encontrar uma solução jurídica que não prejudique os mais de 2,6 milhões de inscritos em todo o país.
O governo federal informou que os candidatos podem solicitar a devolução do valor da inscrição em caso de desastre natural.
Gabinete de emergência
O gabinete de emergência será montado em Porto Alegre e contará com a participação de representantes dos ministérios e das Forças Armadas para coordenar as ações de salvamento, assistência aos desabrigados e estratégias para o pós-tragédia.
As Forças Armadas estão mobilizadas com 936 militares atuando em 25 municípios afetados pelas chuvas. Além disso, foram empregadas aeronaves, embarcações e viaturas para auxiliar no socorro às vítimas. Um hospital de campanha também foi montado em Lajeado, um dos municípios mais atingidos, com enfermarias e consultórios para atendimento às vítimas.
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