Como mostramos na semana passada, o Tribunal de Contas da União (TCU) identificou a espantosa cifra de R$ 42 bilhões em pagamentos irregulares do coronavoucher.

Isso aconteceu por falhas básicas de controle por parte do Ministério da Cidadania, segundo o tribunal.

A Caixa também deveria reavaliar a segurança de seu aplicativo, cujo cadastro parece ser de fácil manipulação – até por terceiros, como demonstram inúmeros casos relatados na imprensa.

Mas resta saber se tudo isso não é proposital.

Para se ter uma ideia, o valor do desvio apontado pelo TCU representa quase a metade do custo das próximas quatro parcelas de R$ 300 – cerca de R$ 100 bilhões.

Dentre os diversos tipos de fraudes, está a elaboração de ‘listas do coronavoucher’, com prefeitos cadastrando moradores de sua cidade para receber o benefício.

Em ano eleitoral, o auxílio emergencial se transformou na maior ferramenta de compra oficial de votos da história.