Quando começa o fenômeno La Niña?
La Niña é um fenômeno climático que afeta o Oceano Pacífico e causa mudanças globais e regionais significativas. Entenda suas características, impactos no Brasil e relação com o aquecimento global.
Com o término do El Niño no primeiro semestre, cresce o interesse pela possível chegada do fenômeno La Niña e seus impactos. Apesar da expectativa de que ele se manifestaria até o fim do inverno, até agora, não há confirmações definitivas de sua ocorrência.
Agências meteorológicas continuam prevendo alta probabilidade de início da La Niña ainda este ano. Mas, o que podemos esperar desse fenômeno e como ele pode influenciar o clima no Brasil?
O Que é a La Niña?
A La Niña é um fenômeno climático caracterizado pelo resfriamento das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial. Isso acontece quando os ventos alísios se intensificam, deslocando a camada de água quente e promovendo seu resfriamento.
Segundo Regina Rodrigues, professora de Oceanografia e Clima da UFSC, “a La Niña ocorre quando os ventos alísios se intensificam, resfriando as águas do Pacífico.” Este movimento das massas de ar causa mudanças significativas nos padrões climáticos globais e regionais.
Quais os Efeitos da La Niña no Brasil?
A influência da La Niña no Brasil varia conforme a região. No Norte, há um aumento nas chuvas, potencialmente melhorando os níveis dos rios. Entretanto, no Sul, pode haver agravamento de secas.
Em períodos anteriores, como entre 2020 e 2022, a La Niña contribuiu para uma estiagem prolongada no Rio Grande do Sul, causando grandes prejuízos ao agronegócio. Segundo a FAO, ações globais são necessárias para mitigar os danos da La Niña.
Como a La Niña se Relaciona com o Aquecimento Global?
Ainda que seja um fenômeno natural, a La Niña pode intensificar os efeitos do aquecimento global. Mesmo com resfriamentos temporários, a tendência de aquecimento global a longo prazo permanece inalterada.
Conforme a WMO, “um evento de resfriamento de curto prazo não mudará a trajetória de aumento das temperaturas globais devido aos gases de efeito estufa.” É crucial entender a La Niña no contexto mais amplo das mudanças climáticas.
Quais são as Chances de Ocorrência da La Niña Este Ano?
Especialistas estão cautelosos sobre a manifestação da La Niña. A Organização Meteorológica Mundial estima 55% de chances até novembro, enquanto a NOAA indica uma probabilidade maior, de 81%, até dezembro.
Para que a La Niña seja oficialmente reconhecida, a temperatura do Oceano Pacífico Equatorial Centro-Leste deve baixar 0,5 graus abaixo da média por um período prolongado. Essas variações, até o momento, permanecem neutras.
A Expectativa para o Futuro
Ainda que não seja possível prever com exatidão a duração e a intensidade da próxima La Niña, há um consenso entre as agências especializadas de que, caso ocorra, o fenômeno possa durar até março de 2025. Até lá, o monitoramento contínuo e a preparação são essenciais.
Por fim, adotar uma abordagem proativa em relação à La Niña é fundamental. Compreender seus mecanismos e impactos nos permite tomar medidas preventivas para minimizar danos e aproveitar benefícios potenciais.
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