Quando banco é bonzinho, a gente desconfia
No papel, a Sete Brasil foi criada para ajudar a construir sondas para a exploração do pré-sal. Na realidade, demonstrou ser uma invenção de Lula para roubar dinheiro em águas rasas e profundas. Resultado: está quebrada depois de ter quebrado os estaleiros que contratou...
No papel, a Sete Brasil foi criada para ajudar a construir sondas para a exploração do pré-sal. Na realidade, demonstrou ser uma invenção de Lula para roubar dinheiro em águas rasas e profundas. Resultado: está quebrada depois de ter quebrado os estaleiros que contratou.
Ainda assim, operou-se um aparente milagre: os bancos que cobram um centavo que seja do pobre do cliente que entra no cheque especial decidiram prorrogar por 90 dias o empréstimo-ponte de 12 bilhões de reais que concederam à Sete Brasil. O anúncio foi feito por Luiz Carlos Trabuco, o presidente do Bradesco que negociou pessoalmente com a máfia do Carf e ainda se dá ares de patrão do ministro da Fazenda, seu ex-funcionário.
Como essa prorrogação deve afetar os balanços dos bancos no curto prazo, a pergunta a ser feita é o que eles vão ganhar com isso no médio e longo prazo. Pela conversa mole de Luiz Carlos Trabuco sobre a importância da Petrobras e de tudo o mais associado à estatal, O Antagonista desconfia de que bancos brasileiros vão comprar a preço de banana — ou intermediar a venda a preço de ouro — não só a Sete Brasil, como boa parte da própria Petrobras. Possíveis interessados em parcerias? Em primeiro lugar, os chineses, que emprestaram 3,5 bilhões de dólares à estatal brasileira, em condições misteriosas explicáveis apenas por Murilo Ferreira, presidente da mineradora Vale, com fortes interesses na China, e novo presidente do Conselho de Administração da petrolífera.
Ou seja, são fortes as indicações de que um pedação da Petrobras será privatizado pelo governo do PT. O problema é que, por causa da roubalheira, isso está sendo feito em condições muito menos favoráveis do que há 20 anos.
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